Azambuja recorre à banca para ampliar o lotado cemitério de Aveiras de Cima
Município aprovou a contratação de empréstimo de 1,6 milhões de euros, a pagar em 20 anos, para financiar a ampliação do cemitério de Aveiras de Cima que está a rebentar pelas costuras. Presidente da câmara diz que a obra deverá ser adjudicada até final do ano e arrancar no início do próximo.
A Câmara de Azambuja aprovou por unanimidade um empréstimo de 1,6 milhões de euros, a ser pago em 20 anos, para financiar a obra de alargamento do cemitério de Aveiras de Cima, que é reclamada há vários anos pela Junta de Freguesia de Aveiras de Cima. O cemitério tem actualmente apenas duas sepulturas vagas e a falta de espaço já obrigou, segundo o presidente da junta, António Torrão (CDU), a que cinco mortos fossem enterrados no cemitério de Azambuja.
De acordo com o presidente do município, Silvino Lúcio (PS), caso a proposta para a contratação do empréstimo bancário à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo seja aprovada na assembleia municipal, de 28 de Setembro, a autarquia passa a estar em condições de lançar o concurso para adjudicação da empreitada. O que se espera que aconteça até final deste ano para que os trabalhos, que vão ter a duração de 365 dias, arranquem no início do próximo ano. Entre os trabalhos previstos estão a construção de muros de vedação em betão, edificação de sanitários e de uma capela, nivelamento do piso, aplicação de calçada e lancis.
Para António Torrão, que tem reivindicado a urgência do alargamento do cemitério, a aprovação do empréstimo bancário é um sinal positivo de que obra está mais próxima de arrancar, mas não deixa de criticar o atraso deste investimento que considera prioritário e essencial. A freguesia que lidera é a segunda mais populosa do concelho de Azambuja, com aproximadamente cinco mil habitantes e com uma média de 60 a 80 óbitos por ano.
Reivindicada pela junta desde 2011 a obra de alargamento do cemitério de Aveiras de Cima sofreu vários avanços e recuos ao longo dos anos. Primeiro por falta de terreno, depois por causa de um parecer negativo da Infraestruturas de Portugal devido à proximidade do cemitério com a Estrada Nacional 366, que obrigou à reformulação do projecto. Há seis anos que a junta de freguesia não vende covas às famílias devido à falta de espaço.