Chamar pato bravo ao presidente do Alverca não é ofensivo
Presidente do Alverca, Fernando Orge, pretendia indemnização de O MIRANTE por ofensas ao bom nome e à honra. Juiz considera que expressões “ave rara” e “pato bravo” inserem-se na liberdade de expressão.
Pretendia em tribunal uma indemnização de O MIRANTE de 5.500 euros por ofensas ao bom nome e à honra. Mas a juiz que julgou o caso considera que as expressões “ave rara” e “pato bravo”, usadas nos artigos de opinião, inserem-se na liberdade de expressão e que Fernando Orge tem visibilidade pública e por isso está sujeito ao escrutínio.
A empresa proprietária de O MIRANTE e o director editorial do jornal, António Palmeiro, foram absolvidos do processo intentado pelo presidente do FC Alverca. Fernando Orge sentiu-se ofendido com as expressões “ave rara” e “pato Bravo”, em crónicas de opinião, na sequência de artigos sobre o facto do clube esconder da câmara um acordo com o SLBenfica e querer receber subsídios e outro por os seccionistas terem sido proibidos de falarem com os jornalistas. A juíza do Tribunal de Santarém considerou que as expressões se inserem no âmbito da liberdade de expressão e não são suficientes para ofenderem a honra e bom nome do dirigente do clube há 12 anos, que pedia uma indemnização de 5.500 euros por se ter sentido “triste, envergonhado e diminuído”.