"Falta de Técnicos de Saúde Ambiental põe em causa a saúde pública"
Para o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica a situação é agravada pela elevada idade média dos profissionais
O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica revela em comunicado que existe um défice de Técnicos de Saúde Ambiental e que isso põe em risco a saúde pública.
Segundo aquela organização, de acordo com a legislação que regula os serviços de saúde pública, o rácio recomendado é de um Técnico de Saúde Ambiental por cada 15 000 habitantes e em Portugal há um défice de cerca de 40% daqueles profissionais nos Agrupamentos de Centros de Saúde e nas Unidades Locais de Saúde, o que fragiliza a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde às necessidades da população. A situação é agravada, pela idade média e envelhecimento dos profissionais, que é de 46 anos.
"Um reduzido número destes profissionais no terreno pode ter consequências graves para a saúde das populações ao diminuir as acções de prevenção de surtos de toxinfeções alimentares, de doença do legionário, de doenças transmitidas pela ingestão de água imprópria para consumo ou pela utilização de piscinas e do surgimento de casos de doenças transmitidas pelos mosquitos Aedes albopictus, mosquito já estabelecido em Portugal desde 2017, vector do vírus do Dengue, Zika e Chikungunya.", pode ler-se no comunicado.