Terminal rodoviário de Santarém já não vai para o Campo Infante da Câmara
A implantação de um terminal de autocarros no Campo Infante da Câmara foi descartada pelo município devido à contestação de partidos e de cidadãos. A ideia já não aparece na proposta final elaborada pela Faculdade de Arquitectura de Lisboa que traça linhas orientadoras para requalificar esse espaço central da cidade.
A Câmara de Santarém deixou cair a intenção de instalar um terminal de autocarros no Campo Infante da Câmara, no âmbito do plano de requalificação daquele espaço central da cidade. Essa novidade foi deixada durante a apresentação da proposta final do Master Plan do Campo Infante da Câmara, realizada na sessão da assembleia municipal de 28 de Setembro. O terminal vai continuar, para já, localizado na movimentada Avenida do Brasil.
A autarquia acabou por ceder à contestação a esse projecto, que juntou cidadãos e partidos políticos contra a possibilidade de ser instalar provisoriamente uma estação rodoviária para autocarros num espaço nobre da cidade que se pretende destinada à fruição e lazer. O assunto quase passou despercebido durante a apresentação do plano elaborado por uma equipa da Faculdade de Arquitectura de Lisboa, tendo os técnicos confirmado que o terminal no Campo Infante da Câmara tinha sido riscado do mapa para aquele local.
A construção de uma biblioteca, que chegou a ser falada para o Campo Infante da Câmara, também não integra esta proposta final. O edifício da praça de touros deverá ser coberto para dar lugar a um recinto de espectáculos polivalente, com o rés-do-chão a ser ocupado por estabelecimentos comerciais. O estacionamento na zona será exclusivamente subterrâneo, com a área à superfície destinada aos peões. A feira quinzenal deverá manter-se no local, estando igualmente prevista a criação de uma zona verde com campos de jogos entre outros espaços de fruição.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), foi breve na introdução ao tema, referindo que a proposta é o resultado do que foi deliberado anteriormente pela assembleia municipal e também dos contributos dos partidos políticos de cidadãos durante a fase de consulta pública. “É o somatório de todas estas vontades”, sintetizou.
Já o vice-presidente da câmara, João Leite (PSD), voltou a sublinhar que este é um plano para executar por etapas ao longo dos anos, consoante as disponibilidades financeiras. Os projectos serão lançados faseadamente, com o parque verde a urbano e a ampliação do Centro Escolar do Sacapeito a estarem entre os primeiros.