Utentes de Santa Margarida com médico só dois dias por semana
Vigília promovida pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo reivindicou médico de família a tempo inteiro para a freguesia de Santa Margarida da Coutada, no concelho de Constância.
Os utentes da saúde do Médio Tejo realizaram no dia 28 de Setembro uma vigília na freguesia de Santa Margarida da Coutada, concelho de Constância, reivindicando a colocação de um médico a tempo inteiro naquela localidade, tendo o presidente da câmara anunciado uma solução parcial.
“A solução foi encontrada a nível local e regional, entre a câmara municipal e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Médio Tejo, com um clínico a vir dois dias por semana, das 09h00 às 18h00, a partir de Outubro e em regime de prestação de serviços, e com o município a atribuir um incentivo como complemento ao seu vencimento de 15 euros por hora”, disse à Lusa Sérgio Oliveira (PS), presidente da Câmara de Constância.
Segundo o autarca, que reside naquela freguesia e participou na vigília da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), a expectativa é que a situação venha a “estabilizar em Outubro”, com o clínico, que “já esteve a trabalhar três dias em setembro” na extensão de saúde de Santa Margarida, “passe de dois dias fixos”, que vai assegurar a partir de terça-feira, “para os três dias por semana, com horário completo”, situação que “seria a ideal” para conferir “estabilidade” a uma extensão de saúde que tem 1.600 utentes inscritos.
O porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo afirmou estar satisfeito com a colocação de um médico naquela freguesia tendo, no entanto, afirmado que uma prestação de serviços de “cinco dias por semana seria o ideal” para aquele local, e alertado para a necessidade de “respostas urgentes” para as populações das freguesias rurais do Médio Tejo. “O pouco é sempre melhor que nada e temos de estar relativamente satisfeitos”, afirmou Manuel José Soares, questionado sobre a solução encontrada.
A acção, que juntou cerca de 40 pessoas à porta da extensão de saúde de Santa Margarida, incluindo dirigentes da CUSMT, autarcas e populares, teve por mote a “defesa de cuidados de proximidade e o combate à desertificação das aldeias”.