Caminhos ribeirinhos de VFX estão degradados e a precisar de recuperação
Município de Vila Franca de Xira garante que está atento e que estão obras em curso nos passeios ribeirinhos, mas a comunidade e a oposição querem mais empenho na manutenção e preservação das infraestruturas que, hoje em dia, permitem ir de Lisboa a VFX a pé ou de bicicleta.
O avançado estado de degradação em que já se encontram muitas estruturas de madeira dos caminhos pedonais ribeirinhos do concelho de Vila Franca de Xira estão a gerar queixas da comunidade e por isso o município admite vir a realizar um levantamento dos danos existentes e aplicar manutenção correctiva e preventiva em vários locais.
A garantia resulta da aprovação por unanimidade de uma proposta, apresentada pela coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), onde é exigido também ao município que ausculte as empresas especialistas para obter orçamentos e proceder à contratação de serviços de manutenção dos passeios ribeirinhos por forma a regularizar as condições dos passadiços.
“Neste momento não deixa de ser evidente a falta de manutenção, preventiva e correctiva, em alguns destes troços, principalmente no que diz respeito ao parque linear ribeirinho do Estuário do Tejo, na Póvoa de Santa Iria, inaugurado em 2013”, lamentou David Alves, da Nova Geração. A predominância de materiais como a madeira devia conduzir, no entender do autarca, a uma manutenção mais recorrente algo que, no seu entender, não está a acontecer. “Na esmagadora maioria dos casos grande parte da frente ribeirinha, construída em madeira, apresenta um elevado estado de degradação, provocado sobretudo pela falta de manutenção. Uma coisa é certa, o estado em que se encontra o passeio ribeirinho já é preocupante e se não realizarmos qualquer intervenção, certamente não teremos melhorias”, avisou.
Também a CDU acompanhou a proposta, lembrando o elevado passivo ambiental existente na zona de Alhandra devido à proximidade dos resíduos de fibrocimento (um material contendo amianto, uma substância cancerígena), nos estaleiros da antiga fábrica Cimianto. Do lado do PS, a vice-presidente do município, Marina Tiago, acompanhou a proposta da Nova Geração mas fez questão de garantir que a câmara está sempre atenta à manutenção dos passadiços e caminhos pedonais à beira Tejo.
“São 6 km de trilhos que permitiram uma intervenção com recurso a materiais naturais. Tem uma utilização intensiva e temos feito intervenções de reparação pontuais”, garantiu Marina Tiago, lembrando a reparação de um dique em 2016 e a conservação e madeiramento de espaços exteriores em 2019. A autarca confirma estar em curso uma empreitada de reparação de vários elementos em madeira, que ficará pronta até final do ano. “É uma obra morosa e também vamos trocar as churrasqueiras que foram alvo de vandalismo. Os equipamentos estão sujeitos ao desgaste natural mas infelizmente também ao vandalismo”, lamentou.
O vereador do Chega, Barreira Soares, apelou para que a câmara aloque uma verba suficiente para estas reparações nos próximos orçamentos, para que a população possa desfrutar dos espaços e equipamentos no seu melhor estado. À data estão concluídos os percursos ribeirinhos entre Vila Franca de Xira e Alhandra (desde Fevereiro de 2005), Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa (desde 2013) e o Parque dos Moinhos, entre a Póvoa de Santa Iria e Loures, desde 2013. Em construção e com conclusão prevista para 2025 está o troço entre o Forte da Casa e o Sobralinho.
Federação gere náutica da Póvoa
Está oficializado desde sábado, 23 de Setembro, o contrato-programa que permite à Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) passar a ser a gestora do Centro Municipal de Actividades Náuticas da Póvoa de Santa Iria. A assinatura do documento foi realizada ao ar livre e incluiu uma actividade de experimentação de canoagem nos dois tanques de maré ali existentes. A FPC, recorde-se, foi escolhida pela câmara para gerir o espaço depois de uma polémica envolvendo o União Atlético Povoense, como O MIRANTE noticiou.