Sociedade | 01-10-2023 21:00

Casal descobriu a arte de estátuas vivas com os filhos e já soma vários prémios

Casal descobriu a arte de estátuas vivas com os filhos e já soma vários prémios
Lena e Doug Selway vivem no Entroncamento e são artistas de estátuas vivas tendo vencido vários prémios nacionais e estrangeiros

Casal Lena e Doug Selway acompanharam os filhos que queriam experimentar a arte de estátuas vivas. Os descendentes acabaram por seguir outros caminhos e os pais, residentes no Entroncamento, tomaram o gosto pela actividade e agora participam em festivais tendo já conquistado vários prémios como o primeiro lugar no Campeonato Nacional de Estátuas Vivas do Reino Unido.

Conhecidos como as “Selway Statues”, Lena Selway, 61 anos, e Doug Selway, 64 anos, estão casados há 26 anos e são artistas de estátuas vivas. Nasceram em Inglaterra, mas viveram durante 20 anos na terra natal da mãe da artista, em Tomar. Agora vivem no Entroncamento, apesar da forte ligação à cidade templária. Venceram o Campeonato Nacional de Estátuas Vivas do Reino Unido e obtiveram o terceiro lugar no World Living Statues na Holanda. Ganharam também prémios em Espanha, Espinho, Santa Cruz e Vila Real apesar de acreditarem que cada artista tem o seu toque especial. “Quando estamos a actuar esquecemos todas as preocupações da nossa vida. Estamos no nosso mundo”, diz Lena Selway com um sorriso no rosto.
O interesse pela arte de estátuas vivas surgiu através dos filhos do casal, Toby e Todd, há 12 anos, quando quiseram participar no workshop do “mestre desta arte” António Santos, o Staticmam, para se tornarem artistas de estátuas vivas. Durante quatro anos o casal acompanhou os filhos e ajudaram a nível de transporte, maquilhagem e figurinos por todos os festivais em que foram convidados. O envolvimento pela arte cresceu quando António Santos convidou a família Selway a actuar em conjunto no Festival de Estátuas Vivas em Sintra. Toby e Todd acabaram por seguir outros caminhos, mas o casal encontrou na arte de estátuas vivas a sua paixão e nunca mais parou. Inspirados por situações do quotidiano o casal cria diversas personagens e já actuaram de norte a sul de Portugal, Espanha, Reino Unido, Bélgica e Holanda.
O casal conta a O MIRANTE que ser artista de estátuas vivas envolve muita dedicação, auto-controlo, inspiração e paixão pela arte, assim como um grande esforço da mente e do corpo. Lena e Doug Selway explicam que a preparação para cada actuação demora cerca de duas horas. Os eventos geralmente têm uma duração de duas a três horas sendo que o recorde do casal Selway foi cinco horas. As conhecidas “Selway Statues” pretendem continuar a exercer a sua paixão até que os seus corpos permitam acrescentando que não há limite de idade para esta arte.

Casal ensinou a arte de estátuas vivas em Tomar
O projecto “A Nova Geração” foi criado pelas “Selway Statues” com o objectivo de partilharem o conhecimento sobre a arte de estátuas vivas. Desde Abril dedicaram-se a ensinar o processo de criação de uma estátua viva em workshops que contaram com 12 participantes, entre os 13 e os 60 anos, que actuaram pela primeira vez. A apresentação do resultado final foi exibida no Art’in Rua - Festival de Artes de Rua de Tomar, a 16 de Setembro, no Mouchão.
Conceição Godinho, de 51 anos, residente em Tomar e professora de Educação Especial, foi uma das participantes que se estreou como estátua viva, tal como o seu marido, Luís Graça, que representou O Cavaleiro Templário. Durante cerca de quatro horas, com uma paragem pelo meio, a professora ficou imóvel a representar Joana D’Arc, que nasceu em França e foi queimada em praça pública devido a uma acusação da igreja católica. Conceição Godinho explicou que a escolha da personagem reflectiu a sua preocupação com todos os problemas da igreja católica actual. A participante confessa que descobriu uma nova paixão e uma forma de relaxar.

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