Sociedade | 02-10-2023 07:00

Autarca de Santarém exige ao Governo pagamento de despesas com covid-19

Autarca de Santarém exige ao Governo pagamento de despesas com covid-19

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, acusa o Governo de não respeitar o compromisso assumido de suportar as despesas que os municípios tiveram no âmbito da pandemia.

O presidente da Câmara Municipal de Santarém pediu ao Governo para pagar aos municípios as despesas extraordinárias que tiveram com a pandemia de covid-19. “Paguem aos autarcas aquilo a que se comprometeram com a covid-19, foi vergonhoso”, afirmou Ricardo Gonçalves numa intervenção no XXVI Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) a decorrer no Seixal.

O autarca referiu que a ANMP tem reivindicado muito, tendo de reivindicar também nesta matéria. E acrescentou: “Nós assumimos despesas que eram do Governo, o Tribunal de Contas validou 160 milhões de euros que não nos foram pagos”. A título de exemplo, o social-democrata salientou que Santarém canalizou mais de dois milhões para a pandemia, que eram responsabilidade do Governo, recebendo apenas 150 mil euros.

O Tribunal de Contas validou uma despesa global de, pelo menos, 160 milhões de euros das câmaras no âmbito da covid-19, mas as autarquias ainda só tiveram acesso a 55 milhões de euros através do Fundo de Solidariedade da União Europeia.

A responsabilidade nesta questão é do ministro das Finanças e não da ministra da Coesão Territorial, afirmou. “A responsabilidade não é dela [ministra da Coesão], a responsabilidade é do senhor ministro das Finanças, não é só falar em ‘superavit’ e arrecadação de receitas, há que cumprir palavra”, sublinhou.

“Está tudo mal” ao nível de saúde

Além das exigir o pagamento das despesas extraordinárias, Ricardo Gonçalves ressalvou ainda que “está tudo mal” ao nível de saúde naquele município, referindo-se à suspensão, a partir de segunda-feira, de cirurgias adicionais por parte de vários médicos da especialidade que recusam fazer mais do que as 150 horas extraordinárias previstas por lei. “Isto é triste e mau”, reforçou, acrescentando que é preciso pensar sobre isto.

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