Debate sobre movimento associativo no desporto em Alcanena
Segunda edição do Congresso do Desporto, no Médio Tejo, decorre nos dias 27 e 28 de Outubro. Este ano, com a participação de Alcanena, Constância e Mação, realizam-se à priori três fóruns desportivos onde vão ser debatidas várias temáticas e partilhados testemunhos de quem vive o desporto 24 horas por dia.
A segunda edição do Congresso do Desporto no Médio Tejo está marcada para os dias 27 e 28 de Outubro no Entroncamento, Abrantes, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha. Este ano, o evento conta com a participação de mais três municípios que vão receber três fóruns desportivos, com diferentes temáticas, a realizar em Alcanena, Constância e Mação.
O primeiro fórum decorreu na sexta-feira, 29 de Setembro, no Estádio Municipal Joaquim Maria Baptista, em Alcanena. A vereadora Marlene Carvalho e Paulo Constantino, no papel de moderador, receberam António Pedroso Leal, José Branco e Inês Henriques, para falarem sobre a importância do movimento associativo. A palestra dividiu-se em dois módulos: “Modelo Português e Voluntariado no Desporto” e “Movimento Desportivo Associativo e Autarquias”. António Pedroso Leal, presidente da Associação de Judo do Distrito de Santarém fez um enquadramento histórico sobre o associativismo e enalteceu as vantagens que pode trazer à sociedade, como a promoção do espírito de união. Deixou ainda elogios às autarquias pela relação próxima que procuram manter com as associações e realçou o papel das escolas na introdução do desporto na vida dos alunos. “A nossa vida depende daqueles que dão de si, sem pensar em si. Que dão o que podem à sociedade, mesmo sem reconhecimento. O associativismo é voluntariado”, rematou.
José Branco começou por falar sobre a importância do desporto para o desenvolvimento dos concelhos da região. Deu como exemplo o torneio internacional de iniciados, realizado em Abrantes, afirmando que, com eventos desportivos, é possível promover o desenvolvimento turístico, económico, social e cultural do território. Reconheceu as exigências logísticas que as associações e clubes têm de ter, não só na realização de eventos, mas na participação de provas.
Inês Henriques, campeã mundial nos 50 quilómetros de marcha atlética, natural do concelho de Rio Maior, falou da sua vertente enquanto atleta de alto rendimento e lamentou as dificuldades e falta de apoios que os atletas têm em Portugal, não só durante a sua carreira, mas principalmente depois de a terminarem. Inês Henriques defende que se olha pouco para as pessoas do desporto e que há poucos oportunidades para atletas e técnicos continuarem a deixar o seu contributo mesmo depois de terminarem a carreira activa.
O dia terminou com a homenagem a Manuel Costa, conhecido como o “Senhor Atletismo de Alcanena”, com o descerramento da placa de homenagem.