Sociedade | 05-10-2023 12:00

Ponte da Escusa deve ser substituída por uma nova travessia

Câmara de Coruche aguarda orçamento para decidir se avança para a construção de uma nova ponte sobre o rio Sorraia e admite recorrer a comparticipações de outras entidades, nomeadamente do Ministério da Agricultura.

Actual ponte não oferece condições e está encerrada. Só o encargo do projecto está avaliado em cerca de 74 mil euros.

O mais provável é que a Ponte da Escusa, no concelho de Coruche, seja substituída por uma construção nova. A informação foi avançada pelo presidente do município, o socialista Francisco Oliveira, em sessão camarária. Se a actual ponte fosse apenas reabilitada não cumpriria com os actuais requisitos e exigências de circulação do trânsito uma vez que não tem passagem para peões e não tem largura suficiente para duas viaturas ligeiras se cruzarem. Também continuaria a ficar submersa aquando de cheias de maiores dimensões. A ponte encontra-se encerrada por razões de segurança existindo uma travessia amovível provisória em funcionamento.
Francisco Oliveira explicou que, após reunião com a Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia e técnicos da empresa Edgar e Cardoso, empresa que tem acompanhado o estado das pontes no concelho de Coruche, ficou definido que o projectista da empresa vai enviar o valor do encargo financeiro para a construção de uma ponte nova. Só o encargo do projecto está avaliado em cerca de 74 mil euros. O presidente da Câmara de Coruche alertou que, à semelhança da ponte de Santa Justa, esta ponte tem um conjunto de 10 ou 12 pilares, que suportam o tabuleiro, e constituem um obstáculo à livre circulação das águas.
Depois de saberem quanto custa uma nova ponte pretendem avançar com o projecto de execução que já inclui todas as necessidades e licenciamentos. “Vamos junto do Governo para perceber se conseguimos captar financiamento para esta obra. Não temos inscrito no nosso orçamento a feitura desta obra mas neste momento devemos colocar de lado quem deve ou não fazer a ponte. Ela tem que ser feita”, sublinhou Francisco Oliveira, acrescentando que o município está disponível para assumir a contrapartida nacional da obra. “Tem é que ser feita, não podemos adiar mais”, realçou.
Uma opinião partilhada pelo vereador Valter Jerónimo (CDU) que diz estar de acordo que o mais importante é resolver o problema da obra e depois perceber como se vai conseguir financiamento. “Sabemos que uma obra desta dimensão é cara e o dinheiro que o município vai alocar para este investimento é dinheiro que não gasta noutras obras também prioritárias. O Governo tem que se chegar à frente em obras que são de sua responsabilidade”, afirmou Valter Jerónimo. Francisco Oliveira concordou e reforçou que se o encargo financeiro da obra recair sobre o município não vão poder investir noutras situações que também são prioridade. “O dinheiro não estica”, concluiu.
Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou, a Câmara de Coruche pediu orçamentos para a construção de uma nova ponte ou reparação da existente. Até a decisão ser tomada foi criada uma passagem alternativa ao trânsito ligeiro e tractores agrícolas. O relatório preliminar, elaborado pela empresa Edgar Cardoso, indicou que a ponte da Escusa não reúne condições de segurança para ser aberta ao trânsito. A infraestrutura apresenta um conjunto de problemas que remetem para o desvio dos pilares de sustentação do tabuleiro da ponte, fruto da pressão exercida pelos jacintos-de-água e pelos resíduos que estão acumulados no rio Sorraia.

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