Sociedade | 08-10-2023 18:00

Directora da Farmácia Cabeça na Chamusca foi à assembleia partilhar desabafo por causa de obras na vila

Directora da Farmácia Cabeça na Chamusca foi à assembleia partilhar desabafo por causa de obras na vila
Maria Cristina Cabral é directora técnica da farmácia Joaquim Maria Cabeça, na Chamusca, há 26 anos

Proprietários da Farmácia Joaquim Maria Cabeça compareceram na última Assembleia Municipal da Chamusca para partilhar a sua preocupação em relação às obras de requalificação urbana da vila e às consequências que podem ter na prestação de um serviço essencial à população.

As obras de requalificação urbana na Chamusca continuam a dar que falar com a população a comparecer nas reuniões públicas de autarcas para partilhar a preocupação, e alguns a indignação, pelas eventuais consequências que as intervenções vão ter. Na última Assembleia Municipal da Chamusca, que se realizou na quarta-feira, 27 de Setembro, a família proprietária da Farmácia Joaquim Maria Cabeça, situada junto ao Jardim do Coreto, partilhou os seus anseios sobre as possíveis consequências das obras na prestação do serviço à população, que dura há mais de um século, e apresentou algumas soluções que gostavam de ver implicadas no projecto.
Maria Cristina Cabral, directora técnica da farmácia há 26 anos, interveio no período dedicado ao público começando por referir que reside no concelho da Chamusca há duas décadas. Fez-se acompanhar pelos dois irmãos, João e Pedro Cabeça, que também não esconderam a preocupação com os problemas que as obras vão originar, na sua opinião, em relação à circulação automóvel e acessibilidade no Largo João de Deus. “A nossa intervenção é apartidária, não é uma contestação, mas sim a procura de uma colaboração com o município enquanto agente activo na promoção da saúde no concelho. Há mais de 70 anos que asseguramos um serviço 24 horas por dia, dando a possibilidade um utente ser atendido por um profissional de saúde mesmo depois do centro de saúde fechar. O serviço dá prejuízo e requer um enorme sacrifício das nossas vidas pessoais”, começou por dizer. A farmacêutica continuou, afirmando que “a execução do plano de requalificação urbana não vai permitir manter a funcionalidade da farmácia. A acessibilidade dos utentes vai ficar muito dificultada, condicionando a sua livre escolha de farmácia, uma vez que a deslocação na sua viatura e o estacionamento vão ser muito difíceis de conseguir. A viabilidade económica da farmácia vai ficar comprometida, com dificuldade em manter postos de trabalho”, sublinhou, acrescentando: “o nosso serviço de disponibilidade 24 horas implica que o utente tenha que aguardar que o profissional chegue à farmácia, uma vez que não está lá permanentemente. Demora cerca de 5 a 10 minutos, sendo a atendimento feito por um postigo. É conveniente que a pessoa fique à espera dentro da viatura. Se o carro não poder ficar parado junto à farmácia, não é conveniente para a pessoa”, referiu.
João Cabeça também interveio para deixar à consideração alguns aspectos, nomeadamente a criação de lugares de estacionamento para assegurar o funcionamento da farmácia e permitir a circulação automóvel junto a uma das entradas do jardim, para evitar que os utentes tenham que dar uma volta muito grande para entrar na via da farmácia. “Estamos disponíveis e desejamos colaborar nas reuniões que levem às soluções por nós referidas”, disse.
Paulo Queimado, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, referiu que vai reencaminhar todos os pontos abordados para a comissão de trânsito para reapreciação e reanálise, mostrando disponibilidade para reunir com os responsáveis da Farmácia Joaquim Maria Cabeça.

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