Sociedade | 08-10-2023 07:00

Musealização do Fórum Romano em Tomar continua pendente

Musealização do Fórum Romano em Tomar continua pendente

Oposição à maioria socialista levantou questões sobre o desenrolar do processo da segunda fase da empreitada do Fórum Romano. Presidente da câmara afirma que continua à espera do projecto para musealização e não dá certezas da data de entrega.

Embora a primeira fase da empreitada do Fórum Romano de Tomar esteja concluída, o vereador do PSD, Tiago Carrão, quis saber, na última sessão camarária, o ponto de situação relativamente à segunda fase do projecto para musealização. O autarca recordou ainda que Hugo Cristóvão, na altura vice-presidente da autarquia, afirmou no final do ano passado que o projecto de musealização deveria ser entregue no início de 2023.

Hugo Cristóvão, actual presidente do município, explica que o projecto foi dividido em duas fases para não se perder financiamento e que a segunda fase – a musealização – é a parte que dá problemas devido ao facto de quem fez a escavação nos anos 80 autointitular-se como “como proprietário dos resultados dessa escavação”. O presidente esclarece ainda que, no final do ano passado, disse que o gabinete projectista já tinha contratado um novo arqueólogo para fazerem o trabalho, mas o projecto ainda não foi entregue.

O autarca reconheceu que já houve tempo suficiente para entregarem o projecto e diz que têm pressionado o gabinete nesse sentido. Apesar do atraso, Hugo Cristóvão diz que não vai haver rescisão de contrato, uma vez que isso significaria iniciar um novo projecto, tendo em conta que o arqueólogo contratado pelo gabinete “oferece todas as mais valias porque é um arqueólogo reconhecido, da nossa comunidade e que fez todo o trabalho da carta arqueológica como peça integrante da revisão do Plano Director Municipal (PDM)”. O autarca terminou afirmando que “quem esperou 40 e tal anos, também espera mais uns meses”.

Recorde-se que a empreitada de construção do edifício para a musealização das ruínas do Fórum Romano de Tomar custou cerca de 708 mil euros aos cofres municipais, mais 200 mil euros do preço base inicialmente previsto quando o projecto foi lançado, em 2021, tendo na altura um prazo de execução de um ano.

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