Sociedade | 09-10-2023 21:00

Insegurança no skate parque do Cartaxo

Insegurança no skate parque do Cartaxo
Câmara do Cartaxo pondera encerrar skate parque da cidade depois do presidente do município ter sido alertado para a falta de condições de segurança

O presidente do município do Cartaxo foi alertado que rampas estão desgastadas e as barreiras de protecção encontram-se degradadas. O autarca confessa que gostava de poder dar uma oferta melhor aos skaters mas é preferível encerrar o espaço para que se possa arranjar os equipamentos.

A Câmara do Cartaxo pondera encerrar o skate parque por razões de segurança. A informação foi dada pelo presidente do município, o social-democrata João Heitor, após um alerta de um munícipe em sessão camarária. As rampas para skates estão desgastadas e as barreiras de protecção estão degradadas. “Está ali uma bomba relógio”, afirmou Francisco Gameiro que juntamente com o seu filho costuma utilizar o skate parque.
João Heitor sublinhou que gostava de poder dar uma oferta mais rica aos skaters do Cartaxo mas é preferível encerrar o espaço para arranjar os equipamentos. “Acima de tudo está garantir a segurança de quem utiliza o espaço. Não queremos que aconteçam mais acidentes naquele local como aconteceram no passado”, referiu. O munícipe Francisco Gameiro explicou ainda que por vezes há quem utilize as rampas de skate para andar de bicicleta, o que é proibido por lei.

Acidente grave em 2007
Recorde-se que, a 15 de Julho de 2007, José Figueira Ascensão, que costumava utilizar o skate parque do Cartaxo, circulava de bicicleta num dos equipamentos do parque e foi surpreendido pela ausência de uma rampa de saída. Acabou por cair e sofrer traumatismos graves. Nunca se percebeu porque é que o equipamento elevado não tinha rampa. Devido à gravidade dos ferimentos, um traumatismo craniano e fracturas múltiplas, foi directamente para o Hospital de São José, em Lisboa, onde foi submetido a várias cirurgias.
A autarquia não assumiu a responsabilidade do acidente na altura e a família de José Ascensão interpôs uma providência cautelar no tribunal administrativo pedindo a fixação de uma quantia mensal para compensar a perda de rendimentos e evitar uma situação de carência da família. Antes tinha havido uma tentativa de entendimento com a câmara que saiu gorada.
O tribunal fixou à câmara o pagamento de uma prestação mensal de 1.750 euros até sentença do caso. O valor começou a ser pago em Novembro de 2009 e deixou de ser transferido em Março de 2010 quando o acidentado faleceu na sequência do agravamento do estado de saúde. Entretanto, a Câmara do Cartaxo chegou a acordo e pagou cerca de 250 mil euros à família de José Figueira Ascensão que terminou de pagar em Maio de 2019.

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