Sociedade | 09-10-2023 10:00

Torres Novas e Alcanena alargam projecto de valorização do olival

Dois municípios do Médio Tejo deram o tiro de partida do projecto Ouro Líquido, que visa valorizar o olival tradicional. Projecto deverá ser alargado a todos os concelhos do Parque Natural das Serra de Aire e Candeeiros.

Os municípios de Alcanena e Torres Novas arrancaram com o projecto Ouro Líquido, que pretende valorizar o olival tradicional. No entanto, a iniciativa deverá ser alargada aos restantes concelhos do Parque Natural das Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC). “O arranque ocorreu em meados deste ano e, no primeiro trimestre do próximo ano, já teremos o plano de acção para estes dois concelhos. Depois vamos reproduzir o trabalho nos restantes cinco concelhos do Parque Natural [Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior e Santarém]”, afirmou à Lusa Rui Anastácio, presidente da Câmara de Alcanena.

Segundo o autarca, na avaliação do território do distrito de Santarém, “30% da área do concelho de Alcanena é olival” e Torres Novas “tem uma realidade muito similar”, resultando num protocolo para um projecto comum denominado Ouro Líquido. O projecto visa “olhar para o olival tradicional” e perceber como é que se pode “recuperar essa tradição e valorizar um azeite que pode ser de excelência se for bem trabalhado e bem comercializado”, explicou. “O que acontece actualmente é que o baixo custo do azeite (…) não justifica trabalhar o olival tradicional e, portanto, o olival tradicional estará rentabilizado em 10%, se tanto”, acrescentou.

Em termos práticos, o projecto pretende valorizar o azeite e colocá-lo nos mercados a 20, 30, 40 euros o litro, apontou o autarca. “As sete câmaras já estão alinhadas neste processo […] debaixo do chapéu de uma intervenção territorial mais alargada, que é o processo de cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, cujo plano estará para discussão pública, se tudo correr como planeado, em Novembro, e pensamos poder apresentá-lo à tutela em Novembro, Dezembro”, adiantou Rui Anastácio.

O plano global de investimentos no PNSAC, que está a ser desenhado, será “na ordem dos 30 milhões de euros”, e no projecto específico do Ouro Líquido os valores podem atingir 1,2 milhões para quatro anos, estimou.

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