PS inviabiliza audição de administrações dos hospitais do Médio Tejo e de Santarém na AR
Os deputados do PSD por Santarém avançaram com um requerimento para ouvir os conselhos de administração do Hospital Distrital de Santarém e do Centro Hospitalar do Médio Tejo na Comissão Parlamentar de Saúde. O PS chumbou a proposta.
Os três deputados do PSD eleitos pelo distrito de Santarém apresentaram à Comissão de Saúde da Assembleia da República um requerimento para audição dos conselhos de administração do Hospital Distrital de Santarém e do Centro Hospitalar do Médio Tejo. No entanto a iniciativa não teve sucesso, porque a proposta acabou chumbada pelo grupo parlamentar do PS, que tem maioria absoluta na Assembleia da República.
A Comissão Política Distrital de Santarém do PSD reagiu lamentando que o PS tenha assumido essa posição “em detrimento de um trabalho conjunto com vista a contribuir para a melhoria da prestação de cuidados de saúde no distrito” e criticou “a hipocrisia política constante dos deputados do PS que mais não fazem pelo distrito do que propaganda política”. O PSD afirma que vai continuar activo e a lutar por esta causa.
O requerimento de João Moura, Isaura Morais e Inês Barroso, apresentado à Comissão de Saúde, visava ouvir, na primeira pessoa, as administrações do Hospital Distrital de Santarém e do Centro Hospitalar do Médio Tejo sobre “as dificuldades que estão a ser sentidas por quem trabalha arduamente no Serviço Nacional de Saúde, os quais foram dando sinais de que estariam disponíveis para uma identificação específica de constrangimentos e consequente planeamento de mitigação dos mesmos, em articulação com o Ministério da Saúde”. Os deputados do PSD pretendiam ainda “a recolha da informação para esclarecer a população do distrito e para alavancar soluções para problemas identificados”.
OS deputados social-democratas referiam que as duas estruturas hospitalares, que abrangem mais de 450.000 habitantes de 21 concelhos, “têm sido alvo de notícias sucessivas relativas a constrangimentos, provocando uma enorme preocupação à população, gerando dúvidas, instabilidade e um sentimento de insegurança na prestação de cuidados de saúde no distrito”.