Sociedade | 17-10-2023 15:00

Destacamento da GNR sai de Coruche para Samora Correia durante obras no posto

Destacamento da GNR sai de Coruche para Samora Correia durante obras no posto
Francisco Oliveira não concorda com a passagem do destacamento para Samora Correia

Antigo edifício onde funcionou um centro de dia da Misericórdia de Coruche vai ser cedido provisoriamente à GNR enquanto o posto da vila receber as obras há muito reclamadas. Os militares do Destacamento Territorial da GNR vão mudar-se para Samora Correia, concelho de Benavente, enquanto durar a empreitada. Uma situação que não satisfaz o presidente do município de Coruche.

O Comando Territorial de Santarém da Guarda Nacional Republicana (GNR) aceitou que o posto da GNR de Coruche seja instalado provisoriamente num antigo centro de dia, junto à Avenida Luís de Camões, que está devoluto e é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Coruche. A informação foi dada pelo presidente da câmara municipal, o socialista Francisco Oliveira, que revelou a decisão da GNR em sessão camarária.
Os militares vão ficar ali instalados enquanto decorrem as obras de requalificação do posto na Rua dos Bombeiros, no centro da vila. “Quero sossegar a população que, tal como o executivo municipal, receava que a GNR pudesse sair de cá mas sempre acreditei que as coisas se resolvessem de modo favorável”, afirmou Francisco Oliveira.
No entanto, há indicações de que o Destacamento Territorial da GNR se mude para Samora Correia, concelho de Benavente, enquanto durarem as obras. Francisco Oliveira não escondeu o seu descontentamento, na última sessão da Assembleia Municipal de Coruche, por o destacamento territorial não ficar no concelho. “Fizemos tudo para que não transferissem o destacamento da GNR para Samora Correia”, explicou aos eleitos.
Francisco Oliveira defende que se o posto do Couço tinha condições para acolher os militares do posto de Coruche também terá condições para acolher uma ou duas secções do Destacamento Territorial de Coruche da GNR, que é composto por SEPNA, Escola Segura e Núcleo de Investigação Criminal. “A escolha não foi nossa. Queremos que quando as obras terminarem o Destacamento Territorial venha para Coruche”, garantiu.
A Câmara de Coruche vai ter que pagar uma renda mensal à Misericórdia de Coruche para a instalação provisória do posto e têm que ser feitas algumas alterações no interior do antigo centro de dia para adaptar o espaço.

APG defende posto e destacamento territorial em Coruche
A Associação Profissional de Guardas (GNR) emitiu um comunicado onde informa que reuniu com o presidente da Câmara de Coruche para falar sobre o posto da GNR de Coruche e defende que o processo foi mal conduzido. “A GNR agiu tarde e não diligenciou atempadamente junto da Câmara de Coruche para que se encontrassem alternativas para que todas as valências da GNR ficassem em Coruche. As obras são necessárias. Não entendemos é que não se tenha feito para encontrar uma solução para a GNR ficar no concelho”, afirma a APG em nota de imprensa.
A APG defende que o efectivo do comando territorial deve ficar em Coruche para não ter despesas extra com as deslocações entre a vila e Samora Correia. Os dirigentes da APG visitaram as actuais instalações do posto e destacamento territorial no dia em que reuniram com o presidente da Câmara de Coruche e garantiram que vão estar atentos ao desenrolar do processo e que seja garantido a segurança das populações e os direitos de todos os profissionais”, pode ler-se no comunicado.

Actual posto está degradado

As instalações onde funciona o posto da GNR de Coruche têm alguns problemas e há muito que são reivindicadas obras. Em Abril de 2019 a Associação de Profissionais da Guarda exigia que as obras de requalificação das instalações da GNR de Coruche se iniciassem de imediato e considerava uma “afronta” a demora no início das obras, consideradas prioritárias.
Em Novembro de 2019 os deputados do PSD Isaura Morais, João Moura e Sónia Ferreira, numa pergunta dirigida ao Ministério da Administração Interna, lembravam que a necessidade de obras remonta há mais de uma década. A degradação tem-se agravado com a passagem dos anos.

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