Sociedade | 17-10-2023 07:00

Pais reclamam obras na escola básica de Alpriate

Pais reclamam obras na escola básica de Alpriate
Sílvia Brioso foi pedir ao executivo da Câmara de VFX que faça obras urgentes para recuperar a escola de Alpriate

Escola de Alpriate funciona em contentores e o pátio fica alagado quando chove. Há relatos de dias em que está apenas uma auxiliar a tomar conta de 70 alunos.

A escola básica de Alpriate, em Vialonga, está degradada, é velha, funciona em contentores onde as crianças estão em cima umas das outras e o pátio de terra batida transforma-se numa piscina e lamaçal quando chove.
Estas são algumas das queixas que a associação de pais e encarregados de educação das escolas de Vialonga fez directamente ao presidente do município de Vila Franca de Xira na última reunião de câmara, realizada em Vialonga. Sílvia Brioso, em representação da associação de pais, diz que a escola sempre foi provisória e que está cada vez mais degradada com a passagem do tempo.
“Às vezes penso que as piscinas de Vialonga são no recreio de Alpriate”, ironizou, lembrando uma intervenção ali feita pelos serviços municipais para abrir um roço e encaminhar a água que se acumula no pátio da escola para o riacho ao lado, mas que acabou por não resultar. “O problema mantém-se. Apelamos à câmara para que faça novamente essa intervenção porque quando chove as crianças não podem sair, têm de ficar em contentores minúsculos”, apelou a encarregada de educação.
Também a falta de auxiliares preocupa a associação, com Sílvia Brioso a lamentar que em Alpriate haja dias em que está ao serviço apenas uma auxiliar para 70 alunos. “Isto é grave”, alerta, lembrando que com um quadro nos mínimos basta uma auxiliar entrar de baixa para que algumas escolas comecem a sentir dificuldades em conseguir receber todas as crianças.
“A 27 de Setembro a associação entrou em contacto com a professora responsável do primeiro ciclo no agrupamento, para colocar rapidamente auxiliares em Alpriate. Funcionava com uma auxiliar para 70 alunos e na segunda já lá estavam duas auxiliares. O problema não é de difícil resolução”, criticou a mãe, notando que muitas vezes as escolas não funcionam a meio-gás: “muitas vezes é sem gás nenhum”.
A porta-voz dos pais lembrou ainda a falta de melhor iluminação pública na entrada da EB1 J1 da Quinta das Índias, junto à estrada, por ficar demasiado escura no Inverno e perigosa. Também na EB1 Nº2 de Vialonga há uma rede danificada que separa o jardim-de-infância do primeiro ciclo que precisa de ser reparada.

Problemas não são novos
Confrontada com os problemas, a vice-presidente do município, Marina Tiago, diz que as situações relatadas não são novas e há muito preocupam o município. Sobre Alpriate, a autarca, que tem o pelouro da Educação, lembrou que chegou a ser equacionada a colocação de outro pavimento, referindo que a direcção da escola, à data, considerou que seria importante para a prática pedagógica manter o solo em terra. De resto, diz, “é o desgaste natural” do tempo a dar cabo do que resta da escola de Alpriate, com Marina Tiago a prometer que aquela escola não está esquecida pelo executivo. “Não desistimos da escola de Alpriate e com o tempo que estas coisas precisam faremos o caminho no sentido de remodelar a escola”, prometeu.
Já sobre a falta de auxiliares, a autarca garante que os rácios do Ministério da Educação estão a ser cumpridos com base nas variáveis comunicadas pelas escolas. “Da nossa parte não pretendemos que as escolas estejam sem o seu pessoal não docente por isso assumimos o nosso compromisso de manter os rácios definidos pelo ministério para assegurar o funcionamento das escolas”, notou Marina Tiago.

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