Escola Grandella em Tagarro alvo de furto e vandalismo
Presidente da Câmara de Azambuja lamenta o estado em que encontrou a escola que foi cedida em 2004, pelo período de 99 anos, a uma empresa dissolvida há uma década.
Depois de anos a tentar resolver um imbróglio jurídico para que a Escola Almeida Grandella, situada em Tagarro, freguesia de Alcoentre, voltasse à posse municipal, o que finalmente foi conseguido, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, diz que encontrou no edifício claros sinais de furto e vandalismo.
Segundo o autarca socialista, que falava em reunião do executivo, foram arrancados cabos do edifício, arrancadas e furtadas câmaras internas, e partidas algumas paredes. “Nalguns sítios parece que foi partido à marretada (…) Foi objecto de selvajaria, de roubo”, disse, lamentando o estado de degradação da antiga escola com símbolos maçónicos. Silvino Lúcio convidou os vereadores da oposição a visitarem o edifício para que possam comprovar o estado em que se encontra. Adiantou ainda que a autarquia quer que a escola volte a ser um espaço dedicado à educação.
A Câmara de Azambuja, recorde-se, conseguiu resolver, no início deste ano, o imbróglio jurídico da cedência por 99 anos do direito de superfície da Escola Francisco Almeida Grandella, situada em Tagarro, à empresa privada Nobre & Filhos S.A., dissolvida em 2013. Após um ano a beneficiar do direito de superfície, a empresa requereu a transmissão desse direito para a OceanTHON- Investimentos Turísticos S.A, mas nem a constituição do direito de superfície à primeira empresa nem a transmissão à segunda foram, segundo o município, objecto de registo junto da Conservatória de Registo Predial”. Ambas as empresas foram extintas entre 2013 e 2014 e, comprovou a autarquia, o direito de superfície não integrava o acervo jurídico-patrimonial de qualquer uma das sociedades.