Azambuja prepara-se para indeferir novo pedido de licenciamento para expansão do aterro
Presidente do município de Azambuja diz que a autarquia vai voltar a indeferir o pedido de licenciamento para a abertura das segunda e terceira células do aterro sanitário que tem a actividade suspensa por falta de espaço para a deposição de resíduos.
O aterro de resíduos industriais não perigosos de Azambuja está adormecido desde que em 2022 atingiu o limite em altimetria, mas a empresa que o gere, a Triaza, não desiste de lutar pela abertura de duas novas células que estavam previstas no projecto. O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), revelou em reunião do executivo que a empresa fez chegar àquela autarquia “um novo pedido de licenciamento” para a abertura das células número dois e três.
A requisição, adiantou, está nas mãos do gabinete de advogados que o município contratou em 2020 tendo em vista o encerramento ou a não revalidação da licença ambiental do aterro instalado às portas da vila de Azambuja e que foi alvo de forte contestação popular. Apesar de o aterro ter licença renovada até 2026 a sua actividade está suspensa desde que foi atingida a cota máxima em altura. Desde então, a Câmara de Azambuja tem vindo a rejeitar os pedidos para a expansão do aterro que, até agora, só tem uma célula de deposição de resíduos que já se encontra selada.
Em resposta ao vereador do PSD Rui Corça, Silvino Lúcio esclareceu ainda que, a seu tempo, será levada a reunião de câmara uma proposta acerca do novo pedido da empresa de tratamento de resíduos mas que irá no sentido de se “indeferir o pedido”.
O aterro de Azambuja teve a sua primeira licença de actividade em 2017 para uma área de 16 hectares, localizada a menos de 300 metros de habitações. Fortemente contestado pela população por causa dos maus cheiros, presença de insectos e de centenas de aves que se alimentavam do lixo levou a que a Câmara de Azambuja emendasse a mão e pusesse um travão na expansão do aterro. Uma decisão que desagradou à Triaza que resolveu avançar com uma queixa contra o executivo municipal do anterior mandato exigindo uma indemnização de 12 milhões de euros.