Sociedade | 28-10-2023 15:00

Estado da Saúde no concelho de Tomar tem gerado discussões entre autarcas

Estado da Saúde no concelho de Tomar tem gerado discussões entre autarcas
Autarcas de Tomar têm demonstrado preocupação pelo estado da Saúde no concelho

Encerramento das urgências, falta de médicos e de acesso a cuidados de saúde têm sido temas de debate em reuniões de assembleia municipal e de executivo camarário. Oposição tem criticado falta de tomada de posição da maioria socialista.

O estado da Saúde no concelho de Tomar tem gerado muita preocupação nas reuniões de assembleia municipal e executivo camarário, com vários autarcas a afirmarem que a população não está bem servida. Na última assembleia municipal o deputado João Tenreiro (PSD) lamentou o facto de não existirem médicos suficientes no serviço de urgências básicas em Tomar, pedindo para que o executivo, agora liderado por Hugo Cristóvão (PS), tome uma posição.
A transferência de responsabilidades da Administração Central para as autarquias locais foi outro dos temas abordados. O deputado Bruno Graça (CDU) referiu que este é um dos assuntos que demonstra a política de desvalorização do Serviço Nacional de Saúde. “Em consequência dessas políticas faltam médicos e enfermeiros, encerram-se urgências e serviços de especialidade nos hospitais, atrasam-se consultas e cirurgias ao mesmo tempo que cada vez mais se favorece o negócio privado da saúde”, frisou. O autarca terminou questionando se as competências na área da saúde foram aceites, se há garantia de recursos humanos suficientes para dar resposta à população, entre outras questões relacionadas com medidas para atenuar dificuldades das famílias no acesso a cuidados de saúde.
Hugo Cristóvão esclareceu que, numa reunião com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e os 11 municípios da área de abrangência da instituição, tiveram de decidir se preferiam que o encerramento das urgências acontecesse de forma programada ou não, devido à incapacidade para preencher as escalas. A escolha foi programar para conseguir avisar atempadamente a população, disse. “É algo que lamentamos mas não deixamos de perceber o que está a acontecer por todo o país”, afirmou.
O assunto voltou a estar em debate na reunião de executivo camarário, depois de Tiago Carrão (PSD) voltar a demonstrar a sua preocupação, lançando uma farpa ao presidente da câmara, referindo que lhe “ficou mal” dizer que percebia a situação e as dificuldades em manter as urgências a funcionar a 100%.

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