Politécnico de Tomar integra projecto para criação de universidade europeia
“KreativEU” é a designação da universidade europeia que instituições de 11 países querem criar e ter a funcionar em 2032. Candidatura a financiamento avança em Fevereiro de 2024, anunciou o Politécnico de Tomar.
O Instituto Politécnico de Tomar anunciou que em Fevereiro de 2024 vai candidatar a financiamento o projecto de criação de uma universidade europeia juntando instituições de 11 países e que deverá estar a funcionar em pleno em 2032. A universidade, denominada “KreativEU”, resulta de “um projecto que começou a ser desenvolvido há dois anos, durante a pandemia, e que entretanto já obteve o selo de excelência que permite avançar, em Fevereiro, com a candidatura a financiamento, disse à agência Lusa o presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), João Freitas Coroado.
O projecto coordenado pelo IPT foi apresentado no dia 18 de Outubro no Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, numa sessão que contou com a presença de reitores e vice-reitores de universidades da Bulgária, República Checa, Itália, Roménia, Eslováquia e Turquia. Em conjunto com Portugal formaram o primeiro grupo de países apostado em “criar uma universidade europeia que tivesse como foco a disseminação de conhecimento e a preservação do património material e imaterial”, explicou João Freitas Coroado.
Tendo ainda como condição “ser formado por instituições de ensino superior que não excedessem os 10 mil alunos”, a universidade, que arrancou como projecto-piloto em 2022, alargou a parceria a mais quatro países (Polónia, Alemanha, Suécia e Países Baixos), “colmatando assim uma das falhas das apontadas pelos decisores europeus, que se prendia com uma abrangência mais alargada a regiões do Norte, Sul, Oeste e Leste da Europa”.
Este alargamento e a realização de seminários, formações e visitas entre todas as instituições parceiras permite agora “avançar com a candidatura a um financiamento de um milhão de euros por cada instituição, por um período de três anos”, disse o presidente do IPT. A universidade irá funcionar em experiência piloto até 2026, seguindo-se entre 2027 e 2031 a fase de implementação, prevendo-se que “em 2032 esteja a funcionar em pleno, com rotatividade de alunos, professores e técnicos a participarem nas formações e mestrados nas instituições de outros países”.
O projecto passará ainda pelo envolvimento de empresas e autarquias das regiões em que estes organismos se inserem, fomentando parcerias, por exemplo, “com organizações como o Folio e outros actores culturais, cujo conhecimento faz sentido levar para a universidade e partilhar com os outros países”, afirmou o presidente do IPT durante a apresentação do projecto, numa iniciativa do Folio Mais, intitulada “Uma universidade europeia a unir o património cultural para um futuro mais sustentável”.