Críticas ao mau estado da horta municipal de Tomar

O assunto foi discutido na Assembleia Municipal de Tomar depois de uma visita da comissão permanente. Eleitos criticaram a falta de manutenção da horta municipal, mas presidente da câmara esclareceu que a manutenção dos talhões é da responsabilidade de quem os tem.
A comissão permanente da Assembleia Municipal de Tomar realizou uma visita à horta municipal e levou o tema para a última reunião entre autarcas para discutir as razões que levaram o espaço a ficar em mau estado. O deputado municipal Américo Pereira (Independentes do Nordeste) caracterizou a horta como sendo um terreno abandonado e um sorvedouro de dinheiros municipais com água da rede. Continuou afirmando que “nem no terceiro mundo existe alguma coisa que se pareça com aquilo que é designado como horta municipal”, acrescentando que representa “o mais negativo que pode existir no concelho”.
O deputado Bruno Graça (CDU) quis saber se existe alguma intenção por parte do executivo em alterar a situação. Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, explicou que, se os talhões estão em más condições a responsabilidade é das pessoas que os trabalham. Sobre a questão da água da rede, o presidente do munícipe refere que apenas recorrem à água da rede quando o caudal do rio está muito baixo e não é possível fazer a captação directa do rio. “Isso acontece um ou dois meses por ano conforme o caudal do rio”, sublinhou.
O assunto voltou a estar em discussão na última reunião de câmara depois de Tiago Carrão, vereador do Partido Social Democrata (PSD), ter recordado a aprovação da alteração do regulamento das hortas municipais, a 30 de Maio de 2022. “Até à data não tivemos qualquer desenvolvimento”, referiu. O vereador Hélder Henriques (PS) garantiu que o regulamento não está esquecido e que estão a trabalhar nesse sentido. “Estamos em condições de, a curto prazo, trazer o regulamento a reunião de câmara”, afirmou, acrescentando que, no entanto, quem tem as hortas distribuídas deve zelar por elas.