Sociedade | 05-11-2023 15:00

Mercado da Chamusca sem clientes e com menos lojas abertas

Mercado da Chamusca sem clientes e com menos lojas abertas
Mercado Municipal da Chamusca não tem clientes e comerciantes estão a entregar a chaves das lojas por terem prejuízos

Na última reunião do executivo da Chamusca foi aprovada mais uma rescisão unilateral do contrato de ocupação de uma loja do mercado municipal. Espaço, que demorou mais de quatro anos a ser requalificado, tem poucos clientes e há lojistas que não abrem as suas lojas há meses.

O Mercado Municipal da Chamusca, que esteve encerrado quase cinco anos para obras de requalificação, está sem clientes e os comerciantes não se conseguem fixar, nem obter rendimentos, num espaço que em tempos era considerado uma referência na região ribatejana. Uma das consequências da falta de dinâmica do mercado tem sido a saída de vários lojistas. Existem cerca de uma dúzia de lojas no mercado mas mais de metade estão fechadas ou desertas. Alguns dos espaços pertencem a comerciantes que já não aparecem há meses, embora tenham artigos para venda no seu interior. “Ter uma loja aberta neste mercado é quase o mesmo do que ficar em casa no sofá a ver televisão. Não há promoção do espaço e os acessos, por causa das obras no centro da vila, estão muito limitados. Não há estacionamento e isso afasta as pessoas”, explica a O MIRANTE um dos lojistas, que pediu para não ser identificado.
O executivo de maioria socialista que está à frente dos destinos da Câmara Municipal da Chamusca, presidido por Paulo Queimado (PS), tem levado para aprovação, em reuniões camarárias, rescisões unilaterais dos contratos de ocupação de lojas do mercado, como aconteceu na que se realizou na terça-feira, 17 de Outubro. No entanto, nunca debateram medidas nem ideias para aproximar a população de um espaço que custou centenas de milhares de euros a requalificar.
O Mercado Municipal da Chamusca reabriu há pouco mais de dois anos com os antigos comerciantes que estiveram anos a vender na rua enquanto o espaço esteve fechado para requalificação. Depois de reabrir o município realizou uma hasta pública para arrendar lojas do espaço, mas a iniciativa contou com a presença de apenas uma pessoa. Entretanto as lojas foram sendo ocupadas, mas muitos dos comerciantes já saíram por não existirem clientes. O único dia em que existe algum movimento no mercado, segundo explicaram ao nosso jornal alguns dos lojistas, é ao sábado.
As obras de requalificação do Mercado Municipal da Chamusca duraram mais de quatro anos e sofreram vários contratempos desde o início da empreitada. Paulo Queimado chegou a afirmar, em reunião de executivo, sentir vergonha de passar junto ao espaço por estar há tanto tempo fechado. O atraso de mais de quatro anos deveu-se a vários factores, nomeadamente o primeiro concurso público ter ficado deserto, problemas com a instalação eléctrica, decoração e mobiliário para as lojas, e outros acabamentos. Enquanto decorreu a obra o município nunca arranjou um espaço de substituição para os comerciantes que trabalhavam no antigo mercado há anos que passaram a vender na rua durante a empreitada.

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