Quatro mil assinam petições na Póvoa e Alhandra a reivindicar mais médicos
Documentos promovidos pelas uniões de freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz e de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa foram enviadas na última semana ao Governo e reclamam colocação urgente de mais clínicos nas duas localidades.
As duas petições promovidas pelas uniões de freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz e de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa foram enviadas na última semana ao Governo exigindo a colocação urgente de mais médicos de família nos centros de saúde. Ao todo, 4.334 pessoas assinaram os dois documentos, online e em papel, tendo 1.792 subscritores assinado a petição das freguesias com maior população, Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, onde vivem 40.871 habitantes. Já a petição da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz reuniu 2.542 assinaturas.
Os dois documentos são dirigidos ao presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, ministro da Saúde e presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Na Unidade de Cuidados Personalizados da Póvoa de Santa Iria estão 11.760 pessoas sem médico de família e no Centro de Saúde do Forte da Casa estão outros 10.202 utentes sem acompanhamento médico.
Já no caso de Alhandra, o documento pede para que sejam colocados com a máxima urgência pelo menos seis médicos ao serviço no Centro de Saúde de Alhandra para dar resposta a uma “tremenda e gravosa situação”. Desde Dezembro do ano passado que os utentes de Alhandra ficaram sem qualquer médico ao serviço naquela unidade de saúde. A ausência desses profissionais tem privado a comunidade dos serviços básicos de saúde gerando preocupação especialmente devido ao envelhecimento da população e à escassez de transportes públicos na zona.
A situação agravou-se ao ponto de forçar os utentes da união de freguesias a recorrerem aos centros de saúde da Póvoa de Santa Iria ou Benavente, na esperança de obter uma vaga médica disponível. Essa solução temporária, consideram os subscritores do documento, não tem sido suficiente para atender às necessidades da população tornando urgente a busca de uma medida definitiva para a carência de profissionais de saúde em Alhandra.
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) também tem promovido vários protestos alertando para a falta de médicos no concelho de Vila Franca de Xira, um dos que mais tem sofrido na Área Metropolitana de Lisboa, com mais de 70 mil pessoas actualmente sem conseguirem ter acesso a médico de família, obter receituário ou prescrições para exames.