Sociedade | 15-11-2023 15:00

SMAS de Vila Franca de Xira negam “namoro” com Águas de Portugal

SMAS de Vila Franca de Xira negam “namoro” com Águas de Portugal
Serviços de água e saneamento de Vila Franca de Xira deverão manter-se, por enquanto, na esfera municipal

Preocupações com eventual centralização dos serviços no grupo Águas de Portugal veio à tona com protestos do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local. Câmara de Vila Franca de Xira garante que os serviços vão manter-se inalterados.

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Vila Franca de Xira vão manter-se na esfera da gestão municipal e não serão centralizados, adquiridos ou integrados no grupo Águas de Portugal. A garantia foi deixada na última semana pelo presidente da câmara, Fernando Paulo Ferreira, depois do assunto ter vindo a lume pela mão do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL). “Enquanto aqui estiver não haverá alterações de nenhuma espécie ao funcionamento dos SMAS. São serviços municipais absolutamente integrados na câmara e é nesse contexto que os trabalhadores dos SMAS continuarão a exercer o seu trabalho, dentro do município”, assegurou o autarca, em resposta às questões colocadas por duas dirigentes sindicais.
O STAL, através da sua direcção regional de Lisboa, mostrou-se preocupado e contra a eventual centralização dos serviços municipalizados de Amadora, Arruda dos Vinhos, Loures, Odivelas, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira em empresas do grupo Águas de Portugal. O STAL tem organizado plenários de trabalhadores para discutir o problema.
Fernando Paulo Ferreira prometeu também que não haverá alterações à factura paga pelos munícipes no futuro, em resposta a Elsa Arruda, funcionária dos SMAS e dirigente do STAL, que observou em reunião de câmara a existência de rumores sobre a eventual integração dos SMAS em empresas privadas. “Se o PS tem sido tão expedito a receber competências do Governo na educação e na saúde, como é que de repente pensa nesta estratégia de deitar fora serviços que são municipais por excelência?”, perguntou. Também Maria Pinto Pereira, trabalhadora dos SMAS há 36 anos e dirigente do STAL, lembrou que os SMAS contam com 60 anos de história e foram construídos com o empenho e suor dos seus trabalhadores, que são hoje perto de uma centena. “A ideia de entregar os SMAS ao grupo Águas de Portugal no que diz respeito ao abastecimento de água e à Águas do Tejo Atlântico no saneamento e águas residuais preocupam-nos. Seja reestruturação, parceria, chamem-lhe o que quiserem, é abrir a porta à privatização”, avisou.
Actualmente com 70 mil clientes, a história dos SMAS em Vila Franca de Xira remonta aos anos 30 do século passado com os primeiros abastecimentos de água à população e é uma entidade que conta com laboratório próprio e vários selos de qualidade da água servida à comunidade emitidos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos.

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