“Perdem-se muitos anos de vida com a doença mental”
O Cartaxo recebeu o 10º Encontro de Intervenção Social do concelho que reflectiu sobre que respostas têm sido dadas na área da saúde mental. Profissionais concluíram que apesar de ser um problema emergente não há recursos e maneira de fazer cumprir medidas que não saem do papel há décadas.
O 10º Encontro de Intervenção Social do concelho do Cartaxo debateu sobre as respostas que têm sido dadas a utentes e profissionais da área da saúde mental. A iniciativa realizou-se a 14 de Novembro no auditório da Quinta das Pratas. O painel teve a moderação de Clara André, professora da Escola Superior de Saúde de Santarém, e as intervenções da psicóloga da Unidade de Psicologia do Hospital de Santarém, Ana Castelo, do director técnico da Associação A Farpa, Henrique Lopes, e de Catarina Gomes, da Associação de Desenvolvimento Criativo e Artístico P28.
Ana Castelo trabalha nas áreas da psicologia, psiconcologia, psicologia dos cuidados paliativos, psicologia ocupacional e psicologia comunitária. Diz que a sua situação profissional é o reflexo dos poucos recursos existentes. A profissional apresentou uma série de estudos desde o início deste milénio e concluiu que foram poucos os progressos feitos em duas décadas. “Parece uma pescadinha de rabo na boca, vamos tendo indicadores e medidas que são sempre as mesmas. Todos os que trabalham na área fazem o melhor que conseguem com aquilo que têm”, desabafa a também fundadora e vice-presidente da Associação r.INseRIR, sediada no Hospital de Santarém.
Artigo desenvolvido na próxima edição impressa de O MIRANTE