Distrital de Santarém do PCP reclama investimentos na ferrovia e estradas
Comunistas reivindicam também a melhoria dos transportes públicos rodoviários e ferroviários e criticam “a complacência com que o poder autárquico do distrito tem assistido à degradação das condições de atractividade” da região.
A Organização Regional de Santarém do PCP (DORSA) reclama investimentos na melhoria dos transportes públicos ferroviários no distrito de Santarém, propondo a requalificação da Linha do Norte, entre Santarém e o Entroncamento; a requalificação das estações ferroviárias de Vale de Figueira, Santarém, Riachos, Coruche, Muge, Abrantes e Entroncamento; e a retoma do transporte de passageiros na Linha de Vendas Novas, entre o concelho de Vendas Novas e a estação do Setil, no Concelho do Cartaxo. Os comunistas reivindicam ainda a construção de passagens desniveladas, garantindo e melhorando a segurança das populações, e a reabertura de todas as estações ferroviárias encerradas no distrito.
“A DORSA do PCP assinala igualmente a complacência com que poder autárquico do distrito tem assistido à degradação das condições de atractividade, onde se inclui a mobilidade, para de vez em quando tirar mediaticamente uns «coelhos da cartola»”, lê-se no comunicado da organização distrital comunista.
“A alteração do quadro da situação, decorrente do pedido de demissão do primeiro-ministro e os desenvolvimentos daí decorrentes, não alteram a justeza das propostas formuladas”, refere a DORSA do PCP, que reivindica ainda a melhoria do transporte público rodoviário, designadamente com a redução dos preços dos passes sociais (alargamento o PART a todo o país e também para o transporte ferroviário) e com o aumento da oferta, seja por via do número de percursos seja por via do número de carreiras. Não esquece também a luta pela abolição das portagens em todas as auto-estradas.
Focada nas questões da mobilidade, a DORSA do PCP vinca que “é preciso romper com o ciclo vicioso” em que por haver pouca população em determinados territórios não é rentável o reforço do transporte público e por não haver transporte público não se consegue a fixação das populações, nomeadamente jovens. Contesta ainda imposição de portagens em auto-estradas sem alternativa e a não requalificação ou modernização de vias estruturantes como a EN 118 ou a EN114, bem como a não construção de novas vias, como IC13, na ligação à A23 e à A13, ou a nova travessia sobre o Tejo na Chamusca.