Sociedade | 20-11-2023 07:00

Oposição exige responsabilidades políticas por omissão do caso de legionella em Alcanena

Oposição exige responsabilidades políticas por omissão do caso de legionella em Alcanena
Oposição exige que maioria no executivo municipal de Alcanena assuma responsabilidades por ter omitido ocorrência de caso de legionella em escola do concelho

Comissão política do PS de Alcanena fala em omissão de informação e diz que maioria no executivo, presidido por Rui Anastácio, tem de assumir responsabilidades políticas. Em causa está um caso de legionella que ocorreu durante o Verão na Escola Anastácio Gonçalves.

“Considerando a gravidade das notícias recentemente veiculadas na comunicação social, em que é referido que a Câmara Municipal de Alcanena ‘esconde caso de legionella em escola’, o secretariado do PS Alcanena, torna pública a sua tomada de posição e as acções daí decorrentes”. É desta forma que a comissão política do PS de Alcanena inicia um comunicado partilhado dois dias depois de O MIRANTE ter noticiado em primeira mão a existência de um caso de legionella durante o Verão, por altura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), denunciado em sessão camarária por Jorge Baptista, representante dos encarregados de educação do concelho.
“Foi com indignação e muita preocupação que tomamos conhecimento dos casos de legionella que terão ocorrido na Escola Dr. Anastácio Gonçalves, e no Pavilhão Multiusos, em Alcanena, sem que essa informação tenha sido convenientemente divulgada pela câmara municipal”, lê-se na nota. A concelhia destaca que “a omissão de informação foi de tal ordem que o próprio agrupamento de escolas não terá recebido qualquer ordem de encerramento”, conforme confirmou O MIRANTE com a directora do agrupamento.
“Consideramos inaceitável a leveza com que se trata um assunto de enorme gravidade em que está em causa uma questão de saúde pública. Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista tiveram conhecimento da situação pela informação apresentada por um representante dos encarregados de educação na reunião de câmara realizada no dia 5 de Novembro. Nessa altura manifestaram a sua indignação tendo solicitado informação detalhada, incluindo o cronograma, indicando as datas das ocorrências e as diligências tomadas. Essa informação não foi disponibilizada até ao momento da redacção deste comunicado. Não basta dizer agora que está resolvido. É preciso assumir as responsabilidades políticas”, afirma a concelhia do PS, acrescentando que “os munícipes têm o direito à informação verdadeira e atempada, principalmente quando se trata de temas tão delicados que envolvem questões de saúde pública”. O partido acrescenta que vai enviar um “pedido formal de esclarecimento” para que lhes possa ser dada “informação detalhada de todos os factos ocorridos e quais foram as medidas adoptadas em cada momento pela câmara municipal”.
Recorde-se que o caso veio a lume depois de Jorge Baptista ter ido à sessão camarária pedir respostas a várias questões sobre a ocorrência de um caso de legionella durante o Verão. O vice-presidente, Alexandre Pires, confirmou a existência de legionella e garantiu que a situação se encontra regularizada. No entanto, o autarca afirmou que “mandaram encerrar os balneários” e que pode ter acontecido “alguma falha de comunicação entre a escola e a câmara”. Contactada por O MIRANTE, Ana Cláudia Cohen, directora do Agrupamento de Escolas de Alcanena, garantiu nunca ter recebido nenhuma ordem de encerramento.

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