Sociedade | 21-11-2023 21:00

Maioria das habitações dos bairros prisionais de Azambuja está ao abandono

Maioria das habitações dos bairros prisionais de Azambuja está ao abandono
Maioria das habitações dos bairros afectos aos estabelecimentos prisionais de Alcoentre e Vale de Judeus está devoluta

A Câmara de Azambuja quer reabilitar os bairros afectos aos estabelecimentos prisionais de Alcoentre e Vale Judeus, onde a maioria das casas está devoluta. O objectivo é requalificá-las e incluí-las na Estratégia Local de Habitação.

O vice-presidente da Câmara de Azambuja, António José Matos, que também tem o pelouro da Estratégia de Apoio à Habitação, criticou na última reunião do executivo municipal o longo impasse na passagem de habitações dos bairros prisionais de Alcoentre e Vale Judeus, que integram a Estratégia Local de Habitação (ELH) no âmbito do 1º Direito, para a posse municipal. “Está a demorar demasiado tempo, com [o Ministério da] Justiça é complicado. Já andamos desde 2012 com isto, nos últimos anos com afinco maior”, disse o autarca socialista acrescentando que o processo tem sido travado sem que consiga perceber porquê.
António José Matos, que falava em resposta ao vereador do PSD, Rui Corça, que quis saber o ponto de situação do processo, adiantou ainda que as habitações vão primeiro passar para a posse do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e só depois é que serão transferidas para o município de Azambuja. No entanto, ressalvou, apesar das reuniões que têm tido com o secretário de Estado, a ministra da Habitação e o IHRU, a Câmara de Azambuja não tem “absolutamente nada escrito” que assegure que vai ser cumprida a estratégia que querem dar àquelas habitações.
Os bairros dos estabelecimentos prisionais de Vale de Judeus e Alcoentre já foram habitados por dezenas de guardas prisionais e suas famílias. Em tempos áureos, como no ano de 1974 em que lá residiam 200 famílias, foi um pequeno burgo com direito a escola, bar, capela, refeitório e transporte próprio para os filhos dos funcionários que estudavam fora. Actualmente são habitados por muito poucos guardas e ex-funcionários daqueles estabelecimentos prisionais. Muitas habitações estão devolutas e algumas em ruína.

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