Sociedade | 22-11-2023 14:30

"Tive muito medo que a minha filha não sobrevivesse por ser prematura"

"Tive muito medo que a minha filha não sobrevivesse por ser prematura"

A terceira gravidez de Telma Nunes não foi como sonhava. A bebé nasceu no dia 25 de Abril deste ano no Hospital Distrital de Santarém às 32 semanas, com um quilo e meio e uma infecção muito grave. Teresa teve alta a 21 de Maio com dois quilos de peso. Uma reportagem a propósito do Dia Mundial da Prematuridade que se assinalou a 17 de Novembro.

As duas primeiras gravidezes de Telma Nunes, de 39 anos, decorreram dentro da normalidade, sem recurso a epidural e com partos muito rápidos. A gravidez da terceira filha foi sem sobressaltos até às 28 semanas de gestação, quando a mãe teve que ficar internada no Hospital Distrital de Santarém durante dez dias. “Desta vez sentia-me muito cansada mas associei sempre ao facto de ter duas filhas e estar a trabalhar”, conta Telma Nunes a O MIRANTE.

A coordenadora de uma equipa administrativa numa empresa em Santarém explica que tudo mudou quando começou a sentir febre, tendo feito teste de Covid-19 que deu negativo. Numa noite teve muita febre e acordou com uma mancha de água na cama. Experiente, deduziu que tinha uma ruptura na bolsa gestacional que provocou uma infecção e essa seria a causa da febre. “Não tinha sintomas, só dores e febre. Na manhã seguinte fui ao Hospital Distrital de Santarém onde fiquei internada porque fiz análises e tinha os valores do fígado muito alterados”, recorda.

Foi nessa altura que os médicos detectaram que tinha apanhado citomegalovírus, um vírus comum que no caso das grávidas pode trazer complicações. Após esse internamento Telma Nunes entrou de baixa. A situação complicou-se quando, às 31 semanas, deixou de sentir a bebé. Deu entrada no HDS onde os médicos tentaram perceber o que se passava e ficou novamente internada. “Os médicos detectaram batimento cardíaco na Teresa mas pouco movimento fetal. A minha intuição dizia-me que algo não estava bem, por isso fiquei novamente internada e muito assustada apesar de nas situações mais complicadas encontrar uma calma interior que não sei onde vou buscar”, confessa.

*Reportagem completa numa das próximas edições semanal impressa de O MIRANTE

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