Sociedade | 27-11-2023 15:00

Presidente do Alverca processou O MIRANTE com dinheiro do clube

Presidente do Alverca processou O MIRANTE com dinheiro do clube
Presidente do Futebol Clube de Alverca, Fernando Orge, foi o único autor do processo judicial contra a empresa proprietária de O MIRANTE

O Futebol Clube de Alverca não teve intervenção no processo interposto pelo presidente, Fernando Orge, sendo este era único autor da acção contra O MIRANTE e o seu director editorial, mas foi o clube que dirige que pagou as despejas de tribunal. O dirigente perdeu o caso em que pedia uma indemnização de 5.500 euros por não ter gostado de ser chamado “ave rara” e “pato bravo” em artigos de opinião.

O presidente do Futebol Clube de Alverca é que era o autor do processo judicial contra a empresa proprietária de O MIRANTE e o seu director editorial, mas quem pagou as custas foi o clube, que não teve qualquer intervenção no caso. O Alverca procedeu aos pagamentos da petição inicial em que Fernando Orge pedia uma indemnização por ter sido chamado de “ave rara” e “pato bravo” em artigos de opinião do jornal. Como o dirigente perdeu a acção teve de pagar também as custas de parte, ou seja os valores cobrados pela justiça ao jornal.
Para interpor a acção que entrou no Juízo Local Cível da Comarca de Santarém, na qual Fernando Orge queria uma indemnização de 5.500 euros por ofensas ao bom nome e à honra. Com a entrada do processo, segundo consta no mesmo, o Alverca fez um pagamento ao Estado através da conta bancária do clube no valor de 204 euros. Como os réus foram absolvidos, o clube assumiu também as despesas do autor transferindo para a empresa de O MIRANTE a quantia de 408 euros.
Os artigos de opinião em que Fernando Orge se sentiu ofendido surgiram na sequência de notícias sobre o facto de o clube esconder da câmara um acordo com o Sport Lisboa e Benfica e querer receber subsídios e outro por os seccionistas terem sido proibidos de falarem com os jornalistas. Sobre o acordo com o clube encarnado, O MIRANTE noticiou na edição de 19 de Outubro, que passados dois anos a direcção continuava sem enviar para a Câmara de Vila Franca de Xira uma cópia do acordo apesar de continuar a receber anualmente mais de 50 mil euros do município e de outros dirigentes associativos do concelho a considerarem a situação como reveladora de falta de transparência.
Recorde-se que na sentença, a juíza do Tribunal de Santarém considerou que as expressões se inserem no âmbito da liberdade de expressão e não são suficientes para ofenderem a honra e bom nome de Fernando Orge. A decisão justificava também que a opinião publicada “insere-se dentro daquilo que é admissível no âmbito do debate/crítica futebolística”. A sentença sublinhava ainda que não se vislumbra que o núcleo essencial dos direitos ao bom nome e à honra tenham sido afectados.
O artigo de opinião sobre o clube esconder o acordo com o Benfica dizia que “Fernando Orge é um espertalhão que acha que pode manobrar os autarcas do seu concelho como manobra os dirigentes das secções do clube a quem impõe a lei da rolha, uma atitude que faz dele uma espécie de ave rara do dirigismo associativo”. O outro artigo dizia que Orge tinha proibido as secções de falar com O MIRANTE por não ter gostado da notícia sobre os dinheiros públicos que foram investidos ao longo dos anos no centro de estágios do Alverca e que O MIRANTE tinha entretanto falado com outros dirigentes do clube que “dizem que “Fernando Orge é um pato bravo” mas não quiseram dar a cara por medo de retaliações”.

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