Sociedade | 27-11-2023 10:00

Vêm aí mais 67 carregadores para carros eléctricos em VFX

Município aprovou alargamento da rede com voto contra da CDU

Foi dada luz verde à segunda fase do projecto de alargamento da rede de carregamento de veículos eléctricos no concelho de Vila Franca de Xira que vai permitir instalar 67 novos postos de carregamento, além dos 63 que já estão a ser instalados no âmbito da primeira fase.

A proposta de concessão do direito de uso privativo do espaço público para a instalação e exploração destes pontos de carregamento foi aprovado por maioria em reunião de câmara com os votos contra da CDU, que tal como na primeira fase não concordou com a isenção dada ao promotor do pagamento de taxas de ocupação do espaço público. A CDU propôs uma alteração ao regulamento para obrigar o promotor a pagar essas taxas mas a pretensão voltou a ser rejeitada por maioria.

A proposta agora aprovada inclui um projecto chave na mão sem custos para o município: permite que o operador invista 1,5 milhões de euros em carregadores com tecnologia de ponta incluindo dois novos carregadores inteligentes de última geração. “Todo o fornecimento, montagem, exploração e manutenção fica a cargo do operador, incluindo a infraestrutura de abastecimento e ramal”, explicou João Pedro Baião, vereador com o pelouro de obras e projectos municipais. À troca, tal como sucedeu na primeira fase, o município vai encaixar um retorno financeiro de 36% sobre o valor dos carregamentos realizados pelos condutores. “A colocação dos 63 carregadores da primeira fase ainda está em conclusão mas dos que entraram em funcionamento só nos primeiros oito dias, em cinco carregadores, a estimativa de receita ronda um encaixe para a câmara de 35 mil euros por ano”, destacou o autarca.

A expectativa do município é colocar carregadores espalhados por todo o seu território criando uma rede organizada em zonas comerciais, de transportes e nas zonas residenciais em que os edifícios não têm garagens. “Se queremos transição para a mobilidade eléctrica temos de criar condições para esse carregamento ser feito”, defende Fernando Paulo Ferreira, presidente do executivo.

Para Barreira Soares, do Chega, os carregadores não são a solução porque o preço de carregamento é elevado e quem não pode carregar os carros em casa não vai beneficiar dos equipamentos. “Vai ser difícil reduzir a pegada de carbono desta forma. Retirar lugares de estacionamento para carregadores rápidos e semi-rápidos que são caríssimos não é solução. Saudamos a iniciativa dos postes inteligentes, não nos opomos porque serão uma necessidade em alguns locais. Mas o concelho tem poucos lugares e isto vai retirar lugares”, lamentou. A proposta vai ainda ser submetida para aprovação final em assembleia municipal. Tal como na primeira fase, apesar das expectativas de encaixe financeiro, o município não está disponível ainda para devolver a verba recebida directamente aos munícipes que ali carreguem as suas viaturas, por se desconhecer a legalidade da medida.

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