Saúde no Forte da Casa em estado crítico
Utentes do Centro de Saúde do Forte da Casa continuam sem médico de família e esperam mais de duas semanas por receituário. Crianças após os 18 meses são mandadas para o pediatra particular, hospital, SAP de Benavente ou SAC da Póvoa de Santa Iria.
A prestação de cuidados de saúde à população tem vindo a degradar-se no Centro de Saúde do Forte da Casa.
A unidade não tem médicos de família e conta apenas com uma médica para atender as pessoas que têm sorte de conseguir ao dia um de cada mês uma das consultas mensais disponibilizadas pela unidade.
A médica que está ao serviço não atende bebés e crianças, ou seja, só estão garantidas as consultas obrigatórias por lei, até aos 18 meses.
As administrativas remetem como alternativa recorrer ao serviço de urgência dos hospitais, ao pediatra particular, ao Serviço de Atendimento permanente de Benavente, já de si sobrelotado, ou ao Serviço de Atendimento Complementar no Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria (SAC), das 20h às 22h.
Acontece que alguns médicos têm feito greve às horas extraordinárias, enquanto dura o braço de ferro com o governo, e por isso não estão a fazer atendimento no SAC da Póvoa.
Os doentes crónicos do Forte da Casa lamentam que as receitas que pedem ao balcão demorem entre 12 a 15 dias a serem passadas por uma médica, o que tem prejudicado os tratamentos. Na manhã desta quinta-feira os utentes mostraram o seu desagrado à porta do Centro de Saúde do Forte da Casa. O protesto foi convocado pela bancada do movimento independente António Inácio Póvoa Mais Forte (AIPMF) na Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.
*Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE