Polémica com campanha de apoio a famílias carenciadas de Tomar
União de Freguesias de Tomar tem parceria há vários anos com cadeia de supermercados que visa apoiar famílias carenciadas. Vogal de partido da oposição (PSD) diz que junta não é IPSS e não deveria estar contemplada. Presidente Augusto Barros fala em “embirração” e lamenta que hoje em dia “tudo valha para fazer política”.
Há vários anos que a União de Freguesias de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais tem uma parceria com a cadeia de supermercados Modelo que visa a doação de bens alimentares a famílias carenciadas. A campanha foi agora colocada em causa por um vogal do Partido Social-Democrata (PSD) de Tomar, José Ferreira, que afirma que a junta não uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e que os seus dirigentes ainda não conhecem as “reais” competências da autarquia, acrescentando que há uma “usurpação de competências”. Refira-se que a campanha implica questionar os clientes, no momento do pagamento, se e a que instituição pretendem doar bens.
Contactado por O MIRANTE, Augusto Barros, presidente da união das freguesias, fala em “embirração” e lamenta que nos dias de hoje “tudo valha para fazer política”. O autarca recorda que a parceria existe há várias décadas e que assenta no conhecimento da empresa de que a junta de freguesia faz um trabalho de proximidade e tem todos os dias no terreno uma técnica social a acompanhar cerca de 80 famílias carenciadas. “A nossa política de acção social está muito bem definida e implementada. Trabalhamos muito bem e todos sabem que conseguimos identificar e chegar às pessoas, porque passa tudo pelas nossas mãos. Temos inclusive um Conselho Social de Freguesia”, sublinha Augusto Barros, garantindo que, do que depender dele e da sua equipa de trabalho, vai continuar a dinamizar iniciativas que permitam dar mais qualidade de vida à população que vive com mais dificuldades.
Segundo Augusto Barros a união das freguesias entrega todos os anos “Cabazes Solidários” durante a época natalícia e “Cabazes de Emergência” sempre que necessário. Também há uma política de apoio na distribuição de gás pelas famílias carenciadas, entre outras medidas que o autarca considera indispensáveis para, em muitos casos, a sobrevivência das famílias.