Inauguração do novo Centro de Saúde da Chamusca num impasse
Presidente da Câmara da Chamusca diz que só aceita transferência de competências na área da Saúde com a abertura do novo espaço e com acesso a cuidados assegurados. Obra está pronta mas o impasse persiste.
A inauguração do novo Centro de Saúde da Chamusca, cujo projecto foi tornado público em 2018, continua sem data no calendário definida. Tem existido alguns problemas burocráticos que impedem a abertura do novo centro, sendo que o presidente do município afirma “estarem todos à espera uns dos outros”. Na última sessão camarária, Paulo Queimado diss que tem reunido com o Ministério da Saúde com representantes da Autoridade Regional de Saúde, mas que ainda não há data para a inauguração. “Só aceitaremos a transferência de competências na área da Saúde com o novo centro a funcionar e o acesso a cuidados de saúde assegurados”, disse.
O presidente da autarquia confirmou que a obra está pronta, faltando apenas algumas correcções e intervenções no exterior do edifício, situado na Avenida Gago Coutinho, junto ao Bairro 1º de Maio, na zona alta da vila.
Recorde-se que o primeiro grande problema que tem condicionado a abertura da nova unidade de saúde foi o facto, segundo explicou Paulo Queimado em várias sessões camarárias, do empreiteiro (Ecoedifica) responsável pela construção não ter recebido da Administração Regional de Saúde (ARS) o valor total das intervenções, cerca de 700 mil euros. Entretanto, esclareceu o autarca na última reunião, a dívida já foi saldada.
Em assembleia municipal Paulo Queimado admitiu estar “a sofrer uma grande pressão do ministério para assinar a transferência de competências na área da saúde”, mas garante não “assinar nada” enquanto não estiver tudo resolvido. “É assim independentemente das consequências que existirem para o município. A nossa situação neste momento é degradante demais para assumir esta transferência”, vincou na altura.
Mais médicos no concelho
Na última reunião de câmara ficou a saber-se também que chegaram mais médicos para trabalhar no concelho, que tinha apenas três médicos ao serviço, sendo que um deles não era a tempo inteiro. Cláudia Moreira, vice-presidente da autarquia, informou que nos próximos meses vão estar ao serviço mais três médicos que vão estar afectos, sobretudo, às extensões nas freguesias, nomeadamente em Ulme, Vale de Cavalos e Chouto. A autarca referiu ainda que vai existir um reforço de enfermeiros para realizar o rastreio do colo do útero.