Sociedade | 02-12-2023 18:00

Pais contestam novas regras durante refeições em escolas de Tomar

Pais contestam novas regras durante refeições em escolas de Tomar
Celeste Sousa, directora do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria. Paulo Macedo, director do Agrupamento de Escolas Templários. Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar

Pais estão descontentes pelas medidas implementadas em algumas escolas de Tomar durante serviço de refeições. Alunos não podem utilizar micro-ondas por questões de higiene e segurança e todos os alimentos comprados fora da escola devem ser consumidos no exterior.

A implementação de novas medidas em algumas escolas de Tomar estão a indignar vários encarregados de educação, que as consideram demasiado rigorosas. A O MIRANTE chegaram várias queixas de pais que não concordam com os novos padrões por “condicionar a liberdade dos alunos”.
Segundo apurou o nosso jornal, os alunos deixaram de ter a possibilidade de utilizar o micro-ondas da escola por não se encontrarem garantidas as condições de higiene e segurança devido à constante má utilização do equipamento, que traz consequentemente riscos para a saúde. Numa circular a que O MIRANTE teve acesso, e que foi enviada aos pais, pode ler-se que “tendo em conta todas as preocupações com o fornecimento aos alunos de uma alimentação saudável e entendendo que a escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde, os alunos que habitualmente compram para o almoço pizzas, McDonald’s ou alimentos similares, bem como bebidas gaseificadas, têm de os consumir fora da escola”.
Recorde-se que a escola tem um serviço de refeições, tutelado pela Câmara Municipal de Tomar, e concessionado a uma empresa. Com estas medidas, não é permitido ao aluno trazer de casa ou comprar fora da escola as refeições e sentar-se no refeitório para as consumir.
Contactada por O MIRANTE, Celeste Sousa, directora do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, afirma que todos os pais tiveram conhecimento das medidas e que as mesmas pretendem garantir a segurança e a implementação de hábitos de vida saudáveis nos alunos. “O serviço prestado pela escola é e deve ser levado muito a sério e não se podem correr riscos. Queremos garantir a segurança e o equilíbrio dentro da escola. A maioria dos pais têm compreendido e concordam. É a saúde dos seus filhos que está em jogo”, afirma, acrescentando que “por uma questão de bom-senso não faz sentido haver pais que levam fast-food à entrada da escola para os filhos comerem”.
Paulo Macedo, director do Agrupamento de Escolas “Templários”, salienta que ainda não adoptaram quaisquer medidas porque vão debater o assunto com a associação de estudantes, “para os alunos terem uma palavra a dizer”. O dirigente sublinha ao nosso jornal que algumas coisas têm de ser alteradas, mas é importante que haja diálogo “antes de tomar qualquer decisão”.
Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, afirma estar em sintonia e constante diálogo com os agrupamentos de escolas, acrescentando que não é bom para a saúde das crianças que na sua alimentação prevaleça a ingestão de fast-food, como tem vindo a acontecer, salienta.

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