Sociedade | 06-12-2023 10:00

Coleccionar selos é uma actividade em extinção

Coleccionar selos é uma actividade em extinção

Dia 1 de Dezembro assinalou-se em Portugal o Dia da Filatelia. Ainda há quem coleccione selos, como Manuel Augusto Soares, apesar de se ter perdido o hábito de enviar cartas. O coleccionador de Benavente considera que a actividade corre o risco de desaparecer por falta de interessados.

Os coleccionadores de selos estão a desaparecer. Os selos foram substituídos por carimbos e já poucas pessoas têm interesse em manter as suas colecções.

A opinião é de Manuel Augusto Soares, um dos mentores do coleccionismo em Benavente. Começou a ver selos e moedas há meio século e desde aí nunca mais parou. Aos 78 anos, por carolice, continua a organizar anualmente a Expo-Feira de Coleccionismo de Benavente.

Fundou o Núcleo Filatélico e Numismático de Benavente (NFNB), com seis pessoas com interesse na área. Hoje em dia vai mantendo o núcleo activo com a ajuda de mais dois ou três sócios. Os restantes, pela idade avançada, já não participam nas actividades.

“O NFNB começou a ganhar consistência porque frequentávamos feiras em todo o pais. Naquela altura começámos a ver selos que vinham das cartas que os portugueses mandavam do Ultramar e que não conhecíamos”.

Uma colecção de selos até pode ser valiosa mas ninguém os compra. Se um coleccionador não frequentar os encontros que se fazem um pouco por todo o país é difícil aumentar o espólio dado que os selos caíram em desuso.

O distrito de Santarém já foi um dos que mais feiras de coleccionismo tinha em todo o país. Hoje em dia só tem duas ou três por ano, incluindo a de Benavente. Barroselas, Lisboa, Porto e Covilhã são as zonas do país onde a filatelia e numismática ainda se vai mantendo por conta dos coleccionadores.

Um assunto para conferir na íntegra numa edição impressa de O MIRANTE

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