Sociedade | 05-12-2023 07:00

Segundo leilão com um interessado em reactivar Hotel do Cartaxo

O Hotel da Quinta das Pratas, no Cartaxo, encerrado à força em Maio de 2022, por estar a ser gerido ilegalmente por uma entidade à margem da insolvência da empresa que tinha a exploração do espaço, pode vir a reabrir.

Há um interessado que licitou a aquisição do imóvel com 30 quartos faltando concluir os procedimentos administrativos e financeiros para o espaço lhe ser entregue, o que deve acontecer nos primeiros dias de Dezembro, se não houver azar.

Um ano e meio depois de o Hotel da Quinta das Pratas, no Cartaxo, ter sido encerrado pelo administrador de insolvência da empresa Oliveira e Baião Hotelaria e Turismo, já apareceu um interessado em ficar com a unidade. Depois de um primeiro leilão em Outubro do ano passado, que não teve interessados, no dia 23 de Novembro, a leiloeira a quem foi entregue o processo de venda disse que houve uma empresa que licitou e a quem foi adjudicado o direito de superfície do hotel. Mas o processo ainda não está finalizado porque falta concluir alguns procedimentos.
No primeiro leilão, a 26 de Outubro de 2022, que decorreu na modalidade online, o direito de superfície tinha sido colocado à venda por 2,1 milhões de euros. O administrador de insolvência da empresa que explorava o único hotel da cidade confirma a O MIRANTE que uma empresa da zona de Lisboa, que tem no seu objecto social o ramo da hotelaria, fez uma licitação ligeiramente acima do valor base. Wilson Mendes explica que ainda falta à empresa concluir os procedimentos administrativos e liquidar o montante de entrada para o negócio se concretizar, o que espera ficar concluído nos primeiros dias de Dezembro.
A insolvência da Oliveira e Baião Hotelaria e Turismo decorre desde 2014 e entretanto verificou-se que as instalações estavam a ser geridas por outra entidade estranha à massa insolvente e que não tinha legitimidade legal para estar a ocupar o espaço. O que levou o administrador de insolvência, acompanhado pelas autoridades, a tomar posse do imóvel e a expulsar a entidade, no dia 20 de Maio de 2022, depois de esta não ter cumprido a notificação para entregar voluntariamente o imóvel. Vários hóspedes tiveram que abandonar o local. Na altura o presidente da câmara, João Heitor, considerou que o hotel é uma das maiores necessidades do concelho.
O edifício de três pisos dispõe de 30 quartos e uma área total de quatro mil metros quadrados. A venda do hotel implica a obrigação de manter o imóvel como unidade hoteleira, sob pena de a câmara municipal accionar a reversão do direito de superfície de 70 anos, que se iniciou em 1998, sendo válido até 2068. A venda destina-se a fazer face às dívidas reclamadas pelos credores, entre os quais estão o Instituto de Turismo de Portugal, que reclama um crédito de perto de 2,5 milhões de euros (77%), o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (412,6 mil euros), a Autoridade Tributária (187 mil euros), trabalhadores, entre outros. O montante global das dívidas é de 3,2 milhões de euros.

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