CEBI celebrou 55 anos com os olhos postos no futuro
Especialistas debateram no auditório da Fundação CEBI, em Alverca do Ribatejo, os problemas e desafios do sector social e solidário. Iniciativa assinalou os 55 anos da CEBI que quer continuar a servir a comunidade com inovação.
Continuar a responder às necessidades da comunidade mas com inovação é o objectivo da Fundação CEBI, de Alverca do Ribatejo, que no dia 23 de Novembro assinalou 55 anos de vida. Em declarações a O MIRANTE, Ana Maria Lima, presidente do conselho de administração da instituição, referiu que a CEBI é um exemplo de cooperação para outras instituições. “Há mais de 15 anos que cooperamos com outras instituições internacionais. Temos parcerias com escolas e programas fora do país. Gostamos de abordar os temas de forma aberta, tal como a nossa instituição que tem sempre uma porta aberta”, disse à margem do encontro “Economia Social e Solidária - Futuro e Inovação”, promovido pela Fundação CEBI, onde a responsável agradeceu aos colaboradores da instituição e reconheceu publicamente os funcionários que completaram duas décadas de serviço.
Durante o encontro Tiago Abalroado, presidente do conselho de administração da Fundação UNITATE, alertou que as instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão com a corda ao pescoço e sentem-se asfixiadas por questões internas. Segundo afirmou, a dificuldade em contratar recursos humanos a par da falta de capacidade organizativa adensam os problemas de quem está à frente das IPSS.
Ainda durante o painel com o mote “Economia Social e Solidária”, Carlos Azevedo, conselheiro estratégico na Social Business School, identificou a baixa produtividade e a permanência de quem exerce cargos de direcção das instituições como entraves ao desenvolvimento. “Não existe uma grande diferença entre esquerda e direita no sector social. É pouco dado à inovação, rígido e complexo”, afirmou.
Após o almoço debateu-se o desenvolvimento social e sustentável. A moderar o painel esteve a jornalista Conceição Lino e os intervenientes foram Patrícia Rocha, directora executiva da Fundação Manuel Violante , António Fonseca, da Universidade Católica, e Paulo Pires do Vale, comissário do Plano Nacional das Artes. O encerramento do encontro coube a Pedro Krupenski, assessor do conselho de administração da Fundação Oriente, e Vasco Luís de Mello, membro do Conselho de Curadores da Fundação CEBI e director geral na José de Mello. A última palavra foi de Ana Maria Lima, presidente do conselho de administração da Fundação CEBI.