Caso da inundação do Centro Cultural do Cartaxo já deu entrada em tribunal
Na noite de 13 de Abril de 2022 uma falha no sistema de segurança contra incêndios fez disparar os dispositivos de aspersão de água que inundaram edifício do Centro Cultural do Cartaxo e danificaram equipamentos. Município e empresa não se entendem sobre a assumpção dos prejuízos.
Já deu entrada no tribunal o processo contra a empresa responsável pela manutenção do Centro Cultural do Cartaxo onde, na noite de 13 de Abril de 2022, ocorreu uma falha no sistema de segurança contra incêndios que fez disparar os dispositivos de aspersão de água que inundaram o edifício e danificaram equipamentos. A informação foi dada pelo vice-presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Reis (PSD), que substituiu o presidente João Heitor na condução da sessão camarária onde o assunto foi abordado. O processo avançou para tribunal uma vez que ambas as partes não chegaram a acordo sobre a assumpção dos prejuízos, que terão sido na ordem das dezenas de milhares de euros.
A anomalia no sistema deixou o espaço totalmente inutilizável durante quase um ano tendo o município accionado os seguros. Além da matéria que será decidida em tribunal o vice-presidente explicou que o município apresentou uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com o objectivo de requalificar a sala de cinema.
A vereadora Maria João Oliveira, que detém o pelouro da Cultura, referiu que o Centro Cultural do Cartaxo já reabriu e tem programação prevista até ao início do próximo ano mas ainda não há cinema. Recorde-se que na noite de 13 de Abril de 2022 uma falha no sistema de segurança contra incêndios fez disparar os dispositivos de aspersão de água provocando uma inundação que destruiu quase todos os equipamentos do Centro Cultural do Cartaxo. Na altura, João Heitor explicou a O MIRANTE que o sistema de som da sala de espectáculos não se poderia aproveitar e foi dado como perda total para efeitos de seguro.
Os prejuízos são avultados e pouca coisa escapou à inundação até porque os aspersores devem ter estado a largar água durante várias horas seguidas. O sistema debita cerca de mil litros de água por minuto. O palco e a sala de cinema, que fica no piso inferior, ficaram destruídos. Nessa noite houve uma falha de electricidade na zona do Cartaxo e essa é uma hipótese apontada para a falha do sistema.