Coleccionar selos é uma actividade em extinção
Dia 1 de Dezembro assinalou-se em Portugal o Dia da Filatelia. Ainda há quem coleccione selos, como Manuel Augusto Soares, apesar de se ter perdido o hábito de enviar cartas. O coleccionador de Benavente considera que a actividade corre o risco de desaparecer por falta de interessados.
Os coleccionadores de selos estão a desaparecer. Os selos foram substituídos por carimbos e já poucas pessoas têm interesse em manter as suas colecções.
A opinião é de Manuel Augusto Soares, um dos mentores do coleccionismo em Benavente. Começou a ver selos e moedas há meio século e desde aí nunca mais parou. Aos 78 anos, por carolice, continua a organizar anualmente a Expo-Feira de Coleccionismo de Benavente.
Fundou o Núcleo Filatélico e Numismático de Benavente (NFNB), com seis pessoas com interesse na área. Hoje em dia vai mantendo o núcleo activo com a ajuda de mais dois ou três sócios. Os restantes, pela idade avançada, já não participam nas actividades.
“O NFNB começou a ganhar consistência porque frequentávamos feiras em todo o pais. Naquela altura começámos a ver selos que vinham das cartas que os portugueses mandavam do Ultramar e que não conhecíamos”.
Uma colecção de selos até pode ser valiosa mas ninguém os compra. Se um coleccionador não frequentar os encontros que se fazem um pouco por todo o país é difícil aumentar o espólio dado que os selos caíram em desuso.
O distrito de Santarém já foi um dos que mais feiras de coleccionismo tinha em todo o país. Hoje em dia só tem duas ou três por ano, incluindo a de Benavente. Barroselas, Lisboa, Porto e Covilhã são as zonas do país onde a filatelia e numismática ainda se vai mantendo por conta dos coleccionadores.
Um assunto para conferir na íntegra numa edição impressa de O MIRANTE