Comerciantes de Azambuja contestam falta de estacionamento no centro da vila
Falta de lugares de estacionamento é um problema sério para os comerciantes da vila de Azambuja, onde diariamente estacionam, nem sempre em conformidade com a lei, centenas de pessoas que se servem do comboio.
Vários comerciantes com lojas nas ruas Vítor Córdon, Etelvino Laureano e João Paulo II, na vila de Azambuja, estão insatisfeitos com a falta de estacionamento e criticam a demora da Câmara de Azambuja em encontrar uma solução para o problema que os afecta directamente, assim como aos clientes e fornecedores. “Não queremos promessas desta vez, já estamos à espera há 10 anos de uma solução. Queremos trabalhar em paz e não estamos a conseguir”, declarou a cabeleireira Marisa Roseta, uma das comerciantes que foi à última reunião do executivo municipal expressar o sentimento de desagrado sentido pela generalidade dos que ali têm os estabelecimentos abertos ao público.
Além da falta de estacionamento, os comerciantes queixam-se de estarem a ser surpreendidos com contraordenações por estacionamento indevido, inclusive quando estacionam, momentaneamente, no lugar destinado a cargas e descargas. Naquela zona da vila, próxima da estação de comboios, é frequente haver carros estacionados em cima de passeios e em zonas que não estão definidas como destinadas a esse fim.
Segundo Marisa Roseta, que se fez acompanhar de mais três mulheres que também têm estabelecimentos naquela zona, há comerciantes que já foram multados mais de duas e três vezes, e alguns já mudaram de zona devido a este problema que se vem arrastando no tempo. “Azambuja já é uma estação de apeadeiro e um dormitório, não tarda muito não tem lojistas sequer para andar com esta vila para a frente”, referiu a cabeleireira que em representação do grupo de comerciantes fez, por escrito, um pedido de reunião à vereadora com o pelouro do trânsito, Ana Coelho.
O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, reconheceu que há efectivamente falta de estacionamento na vila, o que em parte se deve à elevada quantidade de utilizadores de comboios que diariamente estacionam o seu carro na zona para irem trabalhar. O autarca disse ainda que a autarquia tem que se debruçar sobre este problema e encontrar uma solução.
Também a vereadora Ana Coelho constatou que o estacionamento é problemático por toda a vila e prontificou-se a marcar a reunião com os comerciantes com a maior brevidade possível até porque, vincou, está a decorrer a fase de avaliação da postura de trânsito.