Município e Misericórdia de Azambuja vão retomar negociações sobre terreno do complexo de piscinas
Presidente da Câmara de Azambuja garantiu continuar a ser intenção do município comprar o terreno e respectivas infraestruturas, avaliadas em quase um milhão de euros. Negócio poderá ficar fechado no ano que vem.
O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, anunciou na reunião do executivo municipal de 5 de Dezembro que vai retomar as negociações com a Santa Casa da Misericórdia de Azambuja para a aquisição do complexo municipal de piscinas de construído em terrenos daquela instituição de solidariedade social. O anúncio aconteceu depois de a vereadora do Chega, Inês Louro, ter questionado o autarca, nessa e na anterior reunião camarária, acerca do assunto, nomeadamente sobre se a aquisição é para acontecer neste mandato autárquico e de que forma o município se vai financiar.
Garantindo ser “intenção” do município adquirir o terreno à Misericórdia, o autarca socialista adiantou que o negócio poderá acontecer no decorrer de 2024, mas que falta ainda saber de que forma vai o município financiar-se.
A Misericórdia, recorde-se, emitiu em Junho deste ano uma carta aberta a expressar sua “discordância e perplexidade no que concerne ao tratamento e gestão de todo este processo por parte da autarquia”, após o interromper abrupto e sem justificação das negociações, dando igualmente conta da “necessidade urgente de se concretizar uma proposta negocial” pois a propriedade do complexo de piscinas é da SCMA e de incondicional interesse público.
Do seu lado, a Misericórdia tem um memorando assinado pelo anterior presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, em Setembro de 2021, acerca das reuniões entre a autarquia e a Misericórdia de Azambuja, no qual está expressa a intenção de se proceder à compra do terreno e respectivas infraestruturas - complexo de piscinas, ginásio e campos de ténis - avaliados por peritos independentes em aproximadamente 975 mil euros.
O Complexo de Piscinas de Azambuja, o único equipamento do género no concelho, foi construído em 1993 em resultado de um protocolo celebrado entre a câmara e a Misericórdia de Azambuja. Em 2018 o município começou a pagar à SCMA uma renda mensal de 1.200 euros pela exploração das infraestruturas.