Sociedade | 10-12-2023 15:00

Número de amas ilegais em Samora Correia aumenta por falta de creches

Número de amas ilegais em Samora Correia aumenta por falta de creches
Ana da Graça está grávida e não sabe onde vai deixar os gémeos quando regressar ao trabalho

Pais voltaram à carga em reunião de câmara de Benavente e querem soluções para os filhos. Falta de lugares na valência de creche levou ao aumento de amas ilegais e até já existem relatos de negligência.

Está a aumentar o número de amas ilegais em Samora Correia por causa da falta de creches para os pais deixarem os filhos. Já existem relatos de maus tratos e situações de negligência o que está a preocupar os pais. Alguns cidadãos voltaram à reunião de câmara de Benavente e solicitaram ao executivo esclarecimentos sobre a data definitiva para a abertura da valência de creche no espaço onde funcionava o Miúdos e Companhia e que vai ser agora gerido pela Fundação Padre Tobias.
Recorde-se que a Câmara de Benavente disse numa primeira fase que a creche abria no final do mês de Outubro e posteriormente veio dizer que seria só no final deste ano. “Dá expectativas erradas às pessoas que têm de ir trabalhar e não têm onde deixar os filhos. Dêem uma data com margem de erro, nem que seja para 2024. Não é correcto estarem a fazer isto”, desabafou Érica Catarino.
Os pais relatam que existe um aproveitamento por parte das amas que cobram mais dinheiro para tomar conta das crianças em espaços reduzidos e sem condições. Pedro Leal, de Samora Correia, faz parte do grupo de pais que tem vindo a questionar a câmara publicamente. “Pelo andar da carruagem quando a situação se resolver já os nossos filhos andam na escola primária”, criticou.
Grávida de gémeos, Ana da Graça teme não ter lugar onde deixar os filhos no próximo ano. Para a mãe de Samora Correia devia ser criada uma creche municipal, mesmo a pagar, o que é preferível a pagar a uma ama ilegal.
O presidente do município, Carlos Coutinho, garante estar a fazer tudo o mais depressa possível para a abertura da creche em Samora Correia. O autarca admite que esteve mal porque quando adquiriu o edifício em causa não estava à espera de serem necessárias alterações, conforme solicitado pela Segurança Social. Agora, a expectativa é que a Segurança Social aprove as alterações ao projecto, nomeadamente a obrigatoriedade da creche ter um elevador, e arrancar com as intervenções.

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