Entidades do sector da água prometem mais atenção e regulação
Águas do Ribatejo apresentou projecto em Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento. Redução das perdas de água é um dos objectivos principais da empresa intermunicipal, assim como continuar a apostar na inovação.
“Um Grito pela Água” serviu de mote para a nova edição do Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento (ENEG), que decorreu entre 27 e 30 de Novembro, em Gondomar. A Águas do Ribatejo (AR) marcou mais uma vez presença no maior evento do sector em Portugal com várias comunicações e participações nos debates. O espaço da empresa intermunicipal na iniciativa foi concebido numa abordagem da importância da água nos rios, na lezíria e no montado de sobro, com a presença da cortiça como produto endógeno de excelência.
O presidente do conselho de administração da AR, Francisco Oliveira, diz ser “fundamental ter acesso ao conhecimento e à inovação”. “Toda esta troca de experiências que o ENEG proporciona ajuda-nos a perceber melhor os problemas e a encontrar soluções”, refere. O também presidente da Câmara de Coruche realça o mérito de juntar à mesma mesa largas centenas de investigadores, cientistas, técnicos, gestores, reguladores, governantes e operacionais. Francisco Oliveira recorda que há 15 anos a AR foi pioneira no seu modelo de entidade gestora que está replicado em várias regiões do país.
Um Grito pela Água surge num momento em que as entidades gestoras da água se adaptam a uma legislação mais atenta e uma regulação mais exigente. Miguel Carrinho, director-geral da AR e membro da comissão científica do ENEG, explica que a empresa elege como prioridade a continuidade da redução das perdas de água, que se cifram ainda próximas dos 30%. “Estamos a fazer a substituição gradual das redes de abastecimento com investimentos significativos suportados maioritariamente por capitais próprios”, afirma, acrescentando que o recurso a fontes de energia amigas do ambiente com poupanças significativas nos custos de produção é outra aposta que consta no plano de acção da AR para 2024. Miguel Carrinho reconhece ainda que “a inovação, a investigação e a formação contínua dos seus quadros são essenciais na concretização do modelo de desenvolvimento da AR”.