Há 2,5 milhões do PRR para obras nas muralhas de Santarém
As muralhas de Santarém integram o lote de monumentos que necessitam de intervenções urgentes de conservação e restauro devido à passagem do tempo e aos danos causados pela chuva.
A secretária de Estado da Cultura assinou na sexta-feira, 24 de Novembro, um contrato de 2,5 milhões de euros com a Câmara de Santarém para a consolidação estrutural das muralhas da cidade, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). O contrato de financiamento prevê também a cooperação entre a Direcção Geral do Património Cultural (DGPC) e o município na execução do projecto que visa recuperar seis troços da muralha, classificada como imóvel de interesse público.
As muralhas de Santarém integram o lote de monumentos que necessitam de intervenções urgentes de conservação e restauro devido à passagem do tempo e aos danos causados pela chuva do ano passado. Em declarações à agência Lusa, a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, explicou que o valor de 2,5 milhões de euros foi definido com base no trabalho prévio feito entre o município de Santarém e a DGPC, que fizeram um levantamento de patologias e um diagnóstico do trabalho a realizar.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), manifestou-se satisfeito com o financiamento e considerou que estas obras vão ter um impacto positivo na cidade. “Todas as obras no património têm um impacto positivo no turismo e Santarém tem recuperado património de forma excepcional nos últimos 20 anos”, afirmou.
Sobre o prazo previsto para a conclusão das obras de reabilitação das muralhas, o presidente da câmara disse que está previsto para Dezembro de 2025, mas espera que seja mais rápido com a ajuda da DGPC. “A DGPC vai-nos ajudar para que sejam mais rápidas essas obras”, declarou.
Em Maio, o vereador da Cultura da Câmara de Santarém, Nuno Domingos, adiantou que a intervenção vai começar no troço da Rua Pedro Canavarro, identificado como o que necessita de intervenção mais urgente, por questões de segurança uma vez que têm caído pedras para a via pública, numa zona muito movimentada do centro histórico.
Os outros troços em questão são os que se situam na zona conhecida como Ferro de Engomar (Rua Arco de São Mansos), na antiga escola primária de S. Salvador (actual Incubadora d’Artes), no Largo do Carmo (junto à GNR), na Travessa das Figueiras e antes do Jardim das Portas do Sol, do lado da colina de Alfange.