Ricardo Gonçalves deixa Câmara de Santarém antes do fim do mandato e não quer ser deputado
O presidente da Câmara de Santarém falou sobre o seu futuro político dizendo que não quer ser deputado nem se vê com perfil para ser ministro.
Desafiado pelo vereador do Chega a esclarecer se este era o último orçamento municipal que apresentava Ricardo Gonçalves revelou também que vai sair da liderança do município alguns meses antes do final do mandato.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), não vai ficar até final do mandato autárquico que termina no Outono de 2025, mas também não está interessado em ser candidato a deputado nem a integrar um futuro Governo. Na reunião extraordinária do executivo, realizada a 30 de Novembro, o líder do município escalabitano foi desafiado pelo vereador do Chega, Pedro Frazão, a esclarecer se esse seria o último orçamento municipal que defenderia.
Ricardo Gonçalves não respondeu à primeira pergunta, mas após a insistência do vereador do Chega foi taxativo: “Já tinha dito que nos últimos meses não estarei. Quero também já descansar o Chega que não está nas minhas cogitações ser candidato a deputado pois sinto-me bem representado pelos que lá estão”.
Pedro Frazão especulou também sobre o futuro político de Ricardo Gonçalves, perguntando se iria para alguma CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional), para alguma região que entretanto venha a ser criada ou até para um cargo ministerial, se a direita vencer as próximas eleições legislativas dizendo que as funções governativas “assentariam bastante bem” ao actual presidente da Câmara de Santarém.
Ricardo Gonçalves recorreu ao “Princípio de Peter” para afastar a ideia de poder vir a ser ministro num Governo do PSD: “Acho que um ministro deve ter características que e, sinceramente, acho que não tenho”. O presidente do município deixou ainda claro que não voltará a ser candidato à Câmara de Santarém quando voltar a ter condições legais para tal. Refira-se que Ricardo Gonçalves está no seu terceiro e último mandato como presidente eleito, pelo que não se pode recandidatar ao cargo devido à lei de limitação de mandatos.