Novo nó de acesso à A1 na Póvoa de Santa Iria continua por desatar
Apenas sete meses depois de uma proposta semelhante ter sido aprovada em assembleia municipal, agora foi o executivo da Câmara de Vila Franca de Xira a aprovar outra proposta exigindo que o nó de ligação à A1 na Póvoa de Santa Iria avance.
O novo Orçamento de Estado não tem um cêntimo alocado para permitir a construção do futuro nó dos Caniços que ligaria a Póvoa de Santa Iria à Auto-Estrada do Norte (A1). Uma má notícia que vem adiar novamente para data incerta a expectativa da comunidade em ter um nó de ligação à A1 que permita descongestionar o saturado nó de Alverca.
Já antecipando este cenário, o executivo da Câmara de Vila Franca de Xira aprovou por maioria, com o voto contra do Chega, uma proposta apresentada pela CDU para que o assunto não fique esquecido e que de uma vez por todas avance a bem de todos os moradores do concelho de Vila Franca de Xira. É uma proposta semelhante a outra apresentada em Maio pela bancada da coligação Nova Geração (PSD/MPT/PPM) na assembleia municipal.
Neste novo documento, apresentado por Anabela Barata Gomes, é exigido que a câmara continue a diligenciar, do ponto de vista institucional, político e das responsabilidades que competem ao Ministério das Infraestruturas, pela construção do nó de acesso à A1 nos Caniços, “incluindo, no que aos troços portajados diz respeito, a renegociação do actual contrato de concessão com a Brisa, de forma a se resolverem impasses e obstáculos”. A CDU propôs também que no âmbito dos investimentos descentralizados e regionais, em sede de elaboração do Orçamento do Estado, os valores necessários para o projecto e obra do nó de acesso à A1 nos Caniços fosse contemplado, o que não aconteceu. O documento foi enviado ao primeiro-ministro, ao ministro das Infraestruturas e aos grupos parlamentares.
David Pato Ferreira, da Coligação Nova Geração, disse estar plenamente de acordo com a proposta e lembrou que Vila Franca de Xira precisa de continuar a fazer todos os esforços possíveis para que esta obra seja inscrita em Orçamento de Estado. “Neste ou no próximo seja qual for a cor política do próximo Governo”, disse.
O presidente da câmara, Fernando Paulo Ferreira, notou que o documento “não acrescenta nada” ao trabalho que tem sido feito mas que “faz sentido voltar ao assunto” e continuar a pressionar os governantes em Lisboa para que não se esqueçam da importância do nó dos Caniços para a comunidade.
O Chega foi a única força política a votar contra com Barreira Soares a considerar o nó importante mas a lamentar que a proposta da CDU apenas queira “capturar o protagonismo político e aproveitar-se de uma matéria onde sabem que há amplo consenso para propaganda”. Para o Chega o assunto requer concertação entre todas as forças políticas para que as exigências sejam feitas a uma só voz.