Sociedade | 13-12-2023 12:00

Mais de metade da população do Médio Tejo ainda não foi vacinada contra a gripe

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo manifestou a sua preocupação pelo facto de cerca de 50 mil utentes não terem sido aidaa vacinados contra a gripe.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) revelou que mais de metade dos utentes da região ainda não foram vacinados contra a gripe, manifestando preocupação com risco de sobrecarga nos serviços de urgência hospitalar. “Ficámos hoje a saber, em situação de todo desconhecida da Comissão de Utentes, (…) que o conjunto das farmácias aderentes no Médio Tejo deixaram a descoberto umas dezenas de milhares de utentes, que deveriam estar vacinados”, disse à Lusa Manuel Soares, porta-voz da CUSMT, no final de uma reunião com a directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, entidade que integra 226 mil utentes de 11 municípios do distrito de Santarém.
Para Manuel Soares, esta informação, obtida na sequência de uma reunião de trabalho que incidiu na futura Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo e no plano de contingência para o Inverno, ”implica que os serviços do ACES tenham, de, nas próximas semanas, tentar vacinar umas dezenas de milhares de utentes que [já] deveriam estar vacinados”, tendo dado conta que “os primeiros focos de gripe nas crianças começaram a aparecer” e que “um conjunto de pessoas idosas, que não foram vacinadas, alguma com comorbilidades, terão de ser chamadas aos centros de saúde”, para evitar focos gripais típicos desta altura do ano.
O porta-voz da CUSMT indicou que cerca de “50 mil utentes não foram vacinados”, correspondendo a um total de “50% a 60% das pessoas que já deveria estar vacinada”, comparativamente ao ano anterior. “Atendendo a que se aproxima uma época de convivência social, mas também de chuva e frio, altamente propícias ao aparecimento de focos de gripe, e sabendo nós da debilidade em que um conjunto de serviços do SNS estão, com urgências hospitalares no fio da navalha e os recursos humanos, nomeadamente médicos, no ACES, que não abundam, o SNS vai ter de resolver um problema que não estava à espera”, afirmou Manuel Soares.

ULS Médio Tejo em 2024
Relativamente à criação da ULS Médio Tejo, Manuel Soares disse ter recebido a informação que “o plano estabelecido está a ser cumprido para tudo estar a postos no dia 1 de Janeiro” de 2024, tendo manifestado a “preocupação com a falta de clínicos” no Médio Tejo, onde “cerca de 71 mil utentes não tem médico de família atribuído”, num universo de 226 mil utentes, e a “expectativa que a ULS confira uma cobertura de cuidados médicos a 100% e com características de proximidade” à população das freguesias rurais.
O porta-voz da CUSMT defendeu o “reforço do acesso a cuidados de saúde de proximidade e de acções de prevenção” da doença, “investimentos em equipamentos e recursos humanos”, em “mais Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)”, em “unidades móveis de saúde”, e na “manutenção das extensões de saúde abertas”, a par de uma “maior articulação entre cuidados primários e hospitalares, com os respetivos meios complementares de diagnóstico”.

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