Sociedade | 16-12-2023 10:00

Autarca de Abrantes defende que o Fundo de Transição deve ser um apoio justo para o concelho

Autarca de Abrantes defende que o Fundo de Transição deve ser um apoio justo para o concelho
Manuel Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes e da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo

Manuel Valamatos alertou os comissários europeus que Abrantes foi o concelho do Médio Tejo que mais sofreu com os impactos negativos do encerramento da Central Termoeléctrica a Carvão do Pego.

O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), defendeu, perante comissários europeus presentes no workshop sobre o Fundo de Transição Justa, que decorreu no Parque Ciência e Tecnologia em Abrantes, que este programa de apoio deve ser “um complemento particularmente para Abrantes”, concelho onde o efeito crise do encerramento da central a carvão do Pego foi sentido com maior intensidade.
“Existem vários programas europeus de apoio e o Fundo de Transição Justa deve ser uma adicionalidade. Todo o território tem diferentes programas de fundos comunitários, mas importa que o Fundo de Transição Justa seja um complemento para esta região, particularmente para Abrantes”, onde “a bomba rebentou” e se sentiu “o efeito mais visível”, disse Manuel Valamatos.
O autarca falava na reunião camarária de 7 de Dezembro, que decorreu um dia depois do workshop organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que, segundo disse, visou fornecer um “apoio técnico, monitorização e intenções de projectos de investimentos que se posicionam neste enquadramento financeiro de apoio”.
Manuel Valamatos, que também é presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, vincou que “cada lugar tem a sua especificidade” e que é positivo que exista um trabalho de monitorização. Alertou também que poderão ter que haver “reprogramações e entendimentos” para cada um dos concelhos e regiões afectados pelo encerramento de centrais a carvão no país. “Aqui em Abrantes e no Médio Tejo queremos estar atentos para que o Fundo de Transição Justa seja mesmo aquilo que pretende: ser um apoio justo para a região e particularmente para Abrantes”, disse.
No workshop o presidente da Câmara Municipal de Abrantes e da CIMT destacou ainda a importância do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) e do Parque de Ciência e Tecnologia de Abrantes na formação de recursos humanos qualificados para responder às necessidades das empresas que se vão instalar no território.
O Fundo para uma Transição Justa é um dos principais instrumentos da União Europeia para apoiar as regiões no processo de transição para uma economia com impacto neutro no clima até 2050 e prevenir o aumento das disparidades regionais. Para Abrantes, concelho onde encerrou em 2021 a central termoeléctrica a carvão do Pego, está previsto um apoio de aproximadamente 50 milhões de euros para fixar as novas empresas.

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